1 Indubitavelmente, o Espiritismo é doutrina de libertação e de paz; no entanto, não nos podemos escorar nisso para justificar a rebeldia e a irresponsabilidade onde estejam.
2 A propósito de semelhante afirmativa, alinharemos algumas legendas, junto das quais, em nome do Espiritismo, muitos enganos se cometem, quando não sejam lastimáveis abusos:
3 TERRA — Referimo-nos, vezes e vezes, ao planeta por estância de provas: todavia, não tanto que não lhe reconheçamos a função de escola bendita em que nos preparamos para as Esferas Superiores.
4 CORPO — Figuramos habitualmente o corpo material como sendo armadura de carne, encarcerando a alma: contudo, não tanto que não lhe observemos a condição de instrumento precioso, no aperfeiçoamento do Espírito.
5 FAMÍLIA — Mencionamos, em muitas circunstâncias, a consanguinidade, no Plano físico, por sistema de ligações regenerativas ou expiatórias, mas não tanto que não saibamos agradecer as bênçãos do amor e os tesouros do lar, na luz da reencarnação.
6 SEXO — Compreendemos que a individualidade humana é livre para presidir as suas próprias manifestações de afetividade: todavia, não tanto que se prevaleça disso para escarnecer os sentimentos alheios e retalhar corações, depois de escravizá-los à confiança.
7 DINHEIRO — Quase sempre nos reportamos à fortuna terrestre como sendo um perigo moral para os que a desfrutam, porém, não tanto que não vejamos nela poderosa alavanca do progresso e do bem.
8 TÍTULO — Interpretamos, de modo geral, as titulações terrenas por acesso arriscado à influência e ao poder, mas não tanto que não as aceitemos por mandatos da Vida Maior, oferecendo aos seus portadores valioso ensejo de construir novas estradas de educação e aprimoramento, concórdia e apoio fraterno, em benefício da Humanidade.
9 CONVENÇÕES — Costumamos categorizar os preconceitos do mundo social por amarras de sombra, obstando os mais altos voos de nossos mais altos ideais: todavia não tanto que não lhes admitamos o papel de diques compreensíveis contra o extravasamento das paixões animalizadas que caracterizam a maioria de nós outros, os Espíritos em aprendizado e evolução, nos diversos Planos da Terra.
10 INDEPENDÊNCIA — Entendemos a liberdade por direito natural da criatura consciente de viver a sua própria vida mas não tanto que se apóie nisso para tumultuar ou prejudicar a vida dos outros.
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11 Doutrina Espírita é Jesus que retorna ao caminho dos homens, e, diante de Jesus, direito sem dever e emancipação sem responsabilidade são vias descendentes para o mergulho nas trevas.
Emmanuel