1. Pergunta: Espíritos de Esfera Superior, quando encarnados na Terra, têm consciência da sua missão?
Resposta: Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos” pergunta n se os (…) “Espíritos percebem sempre os desígnios que lhes compete executar?” A resposta vem direta (…) “Não. Muitos há que são instrumentos cegos. Outros porém, sabem muito bem com que fim atuam.” Mais adiante, questiona n se aqueles que são incumbidos de uma importante missão dela têm conhecimento. ( † ) Os Espíritos lhes responderam que (…) “algumas vezes, assim é. Quase sempre, porém, ignoram.” (…).
Portanto, podemos dizer que a consciência perfeita das missões dos Espíritos superiores nem sempre é plena, porém, lhes é possível tê-la.
2. Pergunta: O que é mais nobre: renunciar a uma grande missão por um amor ou abdicar de um grande amor por uma grande missão? Como saber entre o destino e o livre-arbítrio para não nos desviarmos de nossa missão?
Resposta: Através do discernimento saberemos fazer nossa escolha. Todos temos uma missão a cumprir nos mais diversos campos; umas maiores, outras menores, de acordo com nossa condição evolutiva.
Seguindo nossa intuição, que na maioria das vezes são orientações dos Amigos Espirituais, saberemos fazer esta distinção. O estudo constante da Doutrina, somada a prática do Bem, por certo nos indicarão o caminho, sem que nos desviemos de nossa missão.
3. Pergunta: O que se pode dizer sobre os artistas em geral? É verdade que são diferentes e quando desencarnam vão direto para o terceiro plano? Sua missão é sublime ou de resgate?
Resposta: Os artistas, como os gênios, possuem um desenvolvimento acentuado em um ou mais ramos do conhecimento. Contudo, como é imperativo, só galgarão as Esferas Superiores quando seu nível moral tiver se elevado o bastante para se comunicar com Esferas Superiores; muitos artistas ainda são presas do egoísmo, inveja, orgulho e outros sentimentos inferiores durante a maior parte do tempo. E, segundo suas ações, poderão também passar por reencarnações de resgate, como foi o exemplo de Michelângelo, reencarnado como o Aleijadinho.
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
[1] KARDEC, Allan — O Livro dos Espíritos — Instituto de Difusão Espírita, 1ª ed., outubro de 1974, Araras, S. Paulo, pág. 240, pergunta 570.
[2] Id. Ibid. pág. 241, pergunta 576.