1. Pergunta: As pessoas enfermas permanecem enfermas após o desencarne? Mesmo que sejam Espíritos claramente iluminados? Ou existem casos e casos?
Resposta: Quando contrariamos as Leis Universais, inscritas em nossa consciência e que se baseiam no Evangelho de amor do Cristo, adquirimos débitos que se refletem na vestimenta do Espírito, isto é, o perispírito. A estadia na carne propicia que o perispírito transmita ao corpo físico esses reflexos negativos, o que implica em uma depuração do ser.
Porém, quando a pessoa vivencia esse processo com uma mentalidade negativista, de revolta, de pessimismo, sem procurar a renovação diária para o bem, sem procurar beneficiar aos demais, ela impede esse processo de depuração. É como se fôssemos passar por uma cirurgia e fizéssemos o contrário de todas as recomendações necessárias.
Assim, nesses casos, a enfermidade não propiciou significativa renovação íntima diante da vida, não ocorreu uma modificação interior, ou seja, do padrão mental desse Espírito. Ele não soube passar pelo sofrimento.
Logo, como não houve a mudança, depois da morte ele continuará plasmando no perispírito o que cultivou em sua mente durante a vida — permanecerá enfermo.
Com os Espíritos que, independente das circunstâncias, vivenciam o Evangelho do Cristo, o processo é completamente diferente.
2. Pergunta: É possível uma pessoa somar em seus pensamentos uma depressão? Ela a tem em consequência do passado ou não?
Resposta: A depressão pode ter como causa a consciência que tem o Espírito de débitos passados sob a forma de culpa. Entretanto, não podemos generalizar a afirmação. De qualquer modo, o cultivo de pensamentos negativos, a persistência em baixo padrão vibratório, colabora para que esse estado aconteça e até se agrave a ponto de criar um círculo vicioso.
Por outro lado, o pensamento positivo, a força de vontade em elevar o nosso padrão vibratório, o serviço ao próximo, a prática do amor nos auxilia na manutenção de nosso equilíbrio.
3. Pergunta: Considerando o grau de merecimento, como se dá a cura nos tratamentos físico-espirituais? Esta cura é lenta e progressiva ou é rápida?
Resposta: O processo de tratamento espiritual é muito relativo, e a cura já é por si a prova do merecimento do doente, sendo que a mesma ocorre muitas vezes de forma rápida.
Ao paciente compete a conquista da cura de modo definitivo, buscando seu fortalecimento interior pela reforma moral e prática da caridade.
Lembremos sempre que Jesus após praticar suas curas, recomendava: “Vá e não peques mais.” ( † )
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel