Depois de transcrever excelente mensagem de Emmanuel e o soneto “Sua Voz”, de Augusto dos Anjos; afirma M. Quintão:
“Agora, diz o médium — aqui está um Espírito que se apresenta de uma forma singular… Como que está ferido, todo envolto em panos e eu sinto odores de desinfetante… Contudo, ele não demonstra sofrimento e até sorri…
“Agora, diz que tudo isso, é apenas para que seja identificado. Chama-se, chama-se… Américo. Lembramo-nos de Américo Melo, velho amigo de há 40 anos, recentemente desencarnado em São José dos Campos. Mas, não, não era Melo… Quem, então? Foi o Giffoni a lembrar: — Almeida. Sim, Américo de Almeida, o velho companheiro de lides doutrinárias na Federação, que vinha trazer-nos o seu abraço. De fato, assim desencarnara ele, qual outro Job, coberto de chagas ou melhor — todo numa chaga e envolto, e enterrado em panos. O médium ignorava esse pormenor, que, por natural sentimento de piedade, ficara circunscrito aos círculos mais íntimos da família, enquanto que, por nós, podemos garanti-lo, nenhum dos presentes poderia presumir e provocar tal testemunho. Vinha ele, assim, com aquela espontaneidade que será sempre o melhor cunho de comprovação, além do outro, peculiar, inconfundível e consentâneo ao subjetivismo de cada um. Todos induzimos e concluímos racionalmente, não apenas, e sim porque todos sentimos, que ali estava o saudoso companheiro, e com ele outro não menos querido e saudoso, que entre nós se chamou Ataliba de Lara e foi advogado de renome, ao seu tempo, nos auditórios do Rio de Janeiro.
“Assim terminava a tarefa daquele dia.”
Elias Barbosa
[1] M. Quintão, “Romaria da Graça”, FEB, 1939, págs. 17-18.