O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Presença de Chico Xavier — Depoimentos diversos / Mensagens familiares


22

Jovem goiana consola sua mãe

“NINGUÉM MORRE!…” n

1 Querida mamãe, Deus nos ampare.

2 Venho pedir à senhora para que me auxilie com a sua calma e com a sua fé em Deus.
Auxilie-me. Abençoe-me.

3 Se deixei meu corpo fora de nossa casa, mamãe, isso não é motivo para que a senhora se aflija tanto.

4 Creia que pressenti o momento da separação, mas não pude evitá-lo.
Pudesse e seria removida para junto de seu coração, para junto de papai, do Humberto e do Paulo Humberto e de nossa Maria José, de modo a vê-los tranquilos.

5 Mas a senhora sabe que nós não conseguimos alterar os desígnios da Vida Superior.

6 Um passeio, um simples passeio, por vezes, é o adeus na Terra.
Perdoe sua filhinha pela falta involuntária.
A senhora sabe que acima de tudo sempre desejei a sua paz e a sua alegria.

7 Suas lágrimas, desde fevereiro do ano passado, caem sobre mim como pingos de fogo. — “Por quê? Por quê? Minha filha! Minha filha!”
Cada gota é uma interrogação que me faz sofrer muito…

8 Ah! Se a senhora compreendesse a angústia dos que são interpelados no túmulo sem a capacidade de responder, com certeza, mãezinha, seu coração já estaria asserenado.

9 Não digo isso como quem se queixa.
Peço-lhe amparo, entendimento, serenidade, paciência…

10 A senhora sempre foi tão carinhosa e tão boa!
Sempre me adivinhava os menores pensamentos!

11 Sinta-me outra vez doente, ao seu lado, rogando-lhe a bênção, e com a sua bênção, a sua assistência generosa.

12 Faça com que meu coração obtenha o repouso e não queira vir para cá antes do justo momento certo.
Não admita que a senhora ou eu conseguíssemos mudar a situação.

13 Voltei na hora justa, quando minhas energias de resistência estavam terminadas e se isso aconteceu junto de nossa querida Aída, é porque assim era necessário.

14 Ore, mamãe. Ajude-me com as suas preces.

15 Procure ver-me em seu pensamento, alegre e sossegada, para que eu me faça tranquila e calma.

16 Prometo-lhe que estaremos mais juntas, logo que a senhora se acalmar.
Não perca tempo, forçando situações para encurtar os seus dias na Terra.

17 Alimente-se. Repouse. Viva a existência abençoada que Deus lhe concedeu.
Recorde que a senhora tem responsabilidades com o papai e com os meninos.

18 Tio Paulo e Francisquinho estão aqui comigo e rogam a Jesus abençoar-nos.
Tranquilize o seu coração, mais uma vez lhe peço.

19 As suas visões e as minhas — aquelas visões dos cães de caça e agora da casa atormentada que a senhora costuma ver, são quadros de nossa existência passada, referentes ao drama de que nos restou a dívida de saudade e distância que hoje resgatamos.

20 Mãezinha, estude as leis do Espírito eterno, estejamos unidas na caridade ao próximo e esperemos.

21 Transforme a sua vida espiritual, abraçando pensamentos novos. Trabalhe pelos outros, mas não pouco.

22 Faça o que puder para ajudar aos outros, não só com as sobras de tempo, dinheiro, vantagens ou recursos.
Trabalhe com a sua aflição, com a sua necessidade, com a sua prova, com a sua dor.

23 Aí na Terra costumamos servir tão somente com o supérfluo de nossos recursos, mas a vida exige mais, se quisermos atingir a felicidade verdadeira, e sorria, mamãe, para as estradas do mundo.

24 A sombra passa. A luz fica. Procuremos a luz, sempre mais luz.

25 Está comigo aqui igualmente, nossa irmã tia Helena César que me solicita dizer à sua irmã tia Geralda do reconhecimento que lhe deve, extensivamente à sua irmã Francisca e promete ajudá-las na condução das crianças que lhes deixou sob os cuidados.

26 Confiemos em Deus. Ninguém morre.

27 E, ao seu lado, mais viva que nunca, roga a Deus por sua saúde e felicidade, a filha saudosa que tudo lhe deve,


Heloísa


Elias Barbosa



[1] Reportagem de Antônio F. de Abreu, publicada em “O Triângulo Espírita”, de Uberaba, Ano 2, nº 13, 8-12-1967. Mensagem psicografada na noite de 21-7-1967. Espírito comunicante: Heloísa Nelly Ludovico, que desencarnou aos 19 anos de idade, a 6 de fevereiro de 1966. Seus pais: Dr. Humberto Ludovico de Almeida e D. Nelly Alves de Almeida, residentes em Goiânia. Estavam presentes à reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, além da progenitora da comunicante, a sua tia, D. Geralda César Neto.


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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