1 Queres a paz e podes claramente alcançá-la.
2 De qualquer templo em que a fé te matricula na confiança em Deus ou ainda mesmo que não te vincules a templo algum, é possível partir em busca desse tesouro incorruptível.
3 Necessário, porém, aceites seguir pela trilha escarpada, na qual transitam milhares de criaturas que anseiam por ela, sem saber defini-la.
4 A marcha será medida pelo passo do serviço ao próximo.
5 Não valeria avançar indiferente, porquanto a inércia te inibiria a visão, confiando-te na limitação e na penumbra dos sonâmbulos.
6 Aos companheiros de caminho, ofertarás algo de teu coração, qual se estivesses espontaneamente no dever de pagar a cada um diminuto pedágio de amor.
7 Nessa imensa vereda, descobrirás pequeninos abandonados, aos quais estenderás o agasalho da esperança;
8 doentes necessitados e tristes a quem cederás essa ou aquela fatia dos recursos nos quais te amesendes;
9 companheiros enceguecidos pelo sofrimento que talvez te apedrejem e com quem exercitarás o trabalho do perdão;
10 irmãos caídos em desespero que soerguerás com o carinho e a compreensão de tua palavra, concentrados em teus próprios braços
11 e infelizes de todas as procedências a desfalecerem de aflição, aos quais oferecerás, pelo menos, um pedaço de tua própria coragem.
12 Seguirás servindo, até que te vejas no cimo de um monte áspero.
13 Aí encontrarás o Doador da paz.
Talvez não saibas que se trata igualmente de um rei. Apenas com certa diferença. Ele te receberá no palácio da Natureza, a céus abertos, num trono em forma de cruz, onde te falará coroado de espinhos.
14 Se tiveres qualquer dificuldade para identificá-lo, basta perguntar por seu nome a qualquer companheiro da difícil viagem.
15 Ele se chama simplesmente Jesus Cristo.
Meimei