1 Quanto mais conheces, mais te vês. E quanto mais nos vemos, com mais amplitude conseguimos enxergar os outros.
2 Se já alcançaste semelhantes áreas de discernimento, considera as incompreensões das quais te reconheças objeto, através das lentes interiores que te conferem mais alta visão espiritual.
3 Diante de alguém que, porventura, te fira, recorda as provas que atravessaste, os empeços vencidos, as ilusões superadas e as amarguras que já entregaste ao arquivo da memória, com a recomendação de paz e esquecimento.
4 Assim agindo, observarás nos companheiros que acaso te injuriem corações doentes ou imaturos, que é preciso tolerar, a fim de que não te emaranhes no labirinto das aflições inúteis.
5 Perante quaisquer ofensas, usa a misericórdia na embalagem do silêncio e atrairás a luz para que todas as sombras sejam dissolvidas.
6 Esse te malsina os gestos de bondade, aquele te empresta a autoria de faltas que desconheces, outro te expõe os enganos de outro tempo ao desrespeito público e outro ainda te apedreja sem razão.
7 Por nada te queixes.
Pelo metro de nossas próprias lutas de retaguarda, ser-nos-á possível estender a compaixão sem limites sobre quaisquer farpas que se nos lance em caminho, seguindo sempre.
8 Não te lastimes, nem condenes.
Cala-te, abençoa e auxilia sempre para o bem de todos.
Para corrigir-nos ou reajustar-nos ante os princípios da verdade e do amor, bastar-nos-á viver.
Meimei