1 Não te entregues na Terra à indiferença.
Cheio de amor e fé trabalha e espera;
Nos domínios do mal, nada há que vença
A alma boa, a alma pura, a alma sincera.
2 No pensamento nobre persevera
De servir, sempre alheio à recompensa;
O desejo do Bem dilata a esfera
Das luzes sacratíssimas da Crença.
3 Vive nas rutilantes almenaras
Dos castelos do amor de essências raras,
Aspirando os olores da Pureza!…
4 Terás na Terra, então, a vida calma.
E a morte não será, para a tua alma,
Jamais medonha e trágica surpresa.
Raul de Leoni
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