1 Dor, és tu que resgatas, que redimes
Os grandes réus, os míseros culpados,
Os calcetas dos erros, dos pecados,
Que surgem do pretérito de crimes.
2 Sob os teus pulsos, fortes e sublimes
Sofri na Terra junto aos condenados,
Seres escarnecidos, torturados,
Entre as prisões da Lágrima que exprimes!
3 Da perfeição és o sagrado Verbo,
Ó portadora do tormento acerbo,
Aferidora da Justiça Extrema…
4 Bendita a hora em que me pus à espera
De ser, em vez do réprobo que eu era,
O missionário dessa Dor suprema!
Cruz e Souza
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