O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico Xavier: O Primeiro Livro — Autores diversos

Parte I — Dos amigos e contemporâneos

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Poeta

Não sei por que, talvez por pisar as mesmas pegadas, sempre admirei as almas que sofrem as asperezas da vida. E quando elas sabem expor-se, com delicadeza de linguagem, com firmeza de pensamento, com harmonia de cores e de tons, com arte, enfim, como os poetas, eu as admiro e amo então.

Embora o não conheça, senão tradicionalmente e na profundeza destes poucos versos, tomo a liberdade de aqui gravar a minha alma de admirador, na simplicidade de um soneto.


Poeta! Alma infinita em infinito amor,

que sublimas a dor em luzes divinas,

ergue do ser no caos mirífico fulgor,

esplende o teu valor em lúcidos fanais!


Clarar o mundo vil, erguê-lo do palor,

só almas de cantor, só almas imortais!

Poeta, excelsa luz, em místico esplendor,

diviniza a dor teus cantos fulgurais!


Que vale a tua cruz? Que vale o teu sofrer?

Que vale o teu viver? Que vale este teu ser?

Se a tua glória é crer? Poeta, alma bendita!


O mundo ao contemplar-te há de mordaz dizer:

– O meu viver, meu ser, a cruz, o meu sofrer

valem no peito eu ter só luzes infinitas!…


Hilton Gonçalves a Francisco Xavier


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