1 Ofensa! Pedrada a esmo,
Que a gente em tudo, aliás,
Só registra a que recebe
Sem saber a que se faz.
2 Guarda o sorriso no rosto
Se te supões infeliz,
Quem se lamenta ou se queixa
Nunca está mal como diz.
3 Não duvides do futuro,
Alma triste e fatigada!…
Todo dia, o sol espanca
As trevas da madrugada.
4 Saudade, quando aparece,
Ninguém sabe, ninguém conta…
Parece flecha de mel
Trazendo fogo na ponta.
5 No trânsito do destino,
Deus pôs leis no coração:
Amizade — sinal verde,
Sinal vermelho — paixão.
Aurílio Braga
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