Cap. XIII — Item 8.
1. — Sou a porta de sua sustentação.
Conserve-me limpo.
2. — Posso trabalhar com segurança.
Não me incline à desordem.
3. — Muita vez clama você contra a carestia.
E despende somas consideráveis para desajustar-me as funções e conturbar-me os serviços.
4. — Não me encha de excessos.
Carregando peso desnecessário, é possível venhamos a cair hoje mesmo.
5. — Não me faça depósito de condimento demasiado.
Obedecendo às leis orgânicas, transmitirei ao seu próprio sangue os venenos que você me impuser.
6. — Não me dê bebidas alcoólicas.
Se você fizer isso, não garantirei sua própria cabeça.
7. — Rogo a você afastar-me de todo entorpecente, a não ser por ocasião de tratamentos excepcionais.
Pequena drágea para repouso inconveniente pode, em verdade, aproximar-nos da morte.
8. — Não desejo e nem posso alimentar-me exclusivamente com recursos celestes.
Peço apenas a você discernimento e equilíbrio.
9. — Governe-me contra as sugestões da mesa festiva, mesmo nos mais simples prazeres familiares.
Tenho comigo a chave de sua própria harmonia.
10. — Não me diga que morrerá de fome porque não disponha de mesa lauta.
Por amor de Deus, não olvide que a maior parte das enfermidades vem do prato abundante e que nós não vivemos para comer, mas comemos simplesmente para viver.
André Luiz