O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Espírito da Verdade — Autores diversos — F. C. Xavier / Waldo Vieira


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O primeiro

Cap. VII — Item 5.

“E qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo.” — Jesus. (MATEUS, 20.27)


1 Nos variados setores da experiência humana, encontramos as mais diversas criaturas a buscarem posições de destaque e postos de diretiva.

2 Há pessoas que enveredam pelas sendas do comércio e da indústria, em corrida infrene por se elevarem nas asas frágeis da posse efêmera.

3 Muitas elegem a tirania risonha no campo social, para se afirmarem poderosas e dominantes.

4 Outras pontificam através do intelecto, usando a Ciência como apoio da autoridade que avocam para si mesmas.

5 Temos ainda as inteligências que, em nome da inovação ou da arte, se declaram francamente partidárias da delinquência e do vício, para sossegarem as próprias ânsias de fulguração nas faixas da influência.

6 Todas caminham subordinadas às mesmas leis, elevando-se hoje, para descer amanhã.

7 O império econômico, a autoridade terrestre ou o intelectualismo sistemático possibilitam a projeção da criatura no cenário humano, à feição de luz meteórica, riscando, instantaneamente, a imensidade dos céus.

8 Em piores circunstâncias, aquele que preferiu o brilho infernal do crime, esbarra, em breve tempo, com a dureza de si mesmo, sendo constrangido a reunir os estilhaços da vida, provocados por suas ações lamentáveis, na recomposição do destino próprio.

9 Grande maioria toma a aparência do comando como sendo a melhor posição, e raros chegam a identificar, no anonimato da posição humilde, o posto de carreira que conduz a alma aos altiplanos da Criação.

Apesar de tudo, porém, a verdade permanece imutável.

10 A liderança real, no caminho da vida, não tem alicerces em recursos amoedados.

Não se encastela simplesmente em notoriedade de qualquer natureza. Não depende unicamente de argúcia ou sagacidade.

Nem é fruto da erudição pretensiosa.

11 A chefia durável pertence aos que se ausentam de si mesmos, buscando os semelhantes para servi-los…

Esquecendo as luzes transitórias da ribalta do mundo…

Renunciando à concretização de sonhos pessoais em favor das realizações coletivas…

Obedecendo aos estímulos e avisos da consciência…

12 E por amar a todos sem reclamar amor para si, embora na condição de servo de todos, faz-se amado da vida, que nele concentra seus interesses fundamentais.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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