Cap. VI — Item 8.
1 Lembra-te de Deus para que saibas agradecer os talentos da vida.
2 Se fatigado, pensa n’Ele, o Eterno Pai que jamais desfalece na Criação.
3 Se triste, eleva-Lhe os sentimentos, meditando na alegria solar com que, toda manhã, Sua Infinita Bondade dissolve as trevas.
4 Se doente, centraliza-te no perfeito equilíbrio com que a Sua Compaixão reajusta os quadros da Natureza, ainda mesmo quando a tempestade haja destruído todos os recursos que os milênios acumularam.
5 Se incompreendido, volta-te para Ele, o Eterno Doador de todas as bênçãos, quantas vezes escarnecido por nossas próprias fraquezas, sem que se Lhe desanime a Paciência Incomensurável, quanto aos arrastamentos de nossas imperfeições animalizantes.
6 Se humilhado, entrega-Lhe as dores da sensibilidade ferida ou do brio menosprezado, refletindo no celeste anonimato em que se Lhe esconde a inconcebível grandeza, para que nos creiamos autores do bem que a Ele pertence, em todas as circunstâncias.
7 Se sozinho, busca-Lhe a companhia sublime na pessoa daqueles que te seguem na retaguarda, cambaleantes de sofrimento, mais solitários que tu mesmo, na provação e na miséria que lhes vergastam as horas e lhes crucificam as esperanças.
8 Se aflito, confia-Lhe as ansiedades, compreendendo que n’Ele, o Imperecível Amor, todas as tormentas se apaziguam.
9 Seja qual for a dificuldade, recorda o Todo-Misericordioso que não nos esquece.
10 E, abraçando o próprio dever como sendo a expressão de Sua Divina Vontade para os teus passos de cada dia, encontrarás na oração a força verdadeira de tua fé, a erguer-te das obscuridades e problemas da Terra para a rota de luz que te aponta as sendas do Céu.
Emmanuel