“… Que vosso amor cresça cada vez mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento.” — Paulo. (FILIPENSES, 1.9)
1 O amor é a força divina do Universo.
2 É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.
3 Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se “avareza”; 4 quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em “egoísmo”; 5 quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se “inveja”.
6 O ódio é, comumente, o amor envenenado de ontem.
7 O ciúme é o amor vestido de espinhos dilacerantes.
8 A soberba é o amor desvairado a si próprio.
9 Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que “o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes.”
10 Instruamo-nos, pois, para conhecer.
11 Eduquemo-nos para discernir.
12 Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.
13 Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão somente com o “querer” é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.
Emmanuel
(Reformador, junho de 1950, página 122.)