O texto de Atos dos apóstolos termina com a narrativa dos dois anos que Paulo passou em Roma, nada mais informando sobre os eventos que se sucederam a esse período. O registro do texto, iniciado quando Paulo estava em Cesareia, foi concluído em Roma no ano de 62 ou 63, contendo um largo período da vida do Apóstolo dos Gentios e daqueles que, tendo recebido a Boa-Nova em seus corações, converteram as próprias vidas em testemunhos reais das luzes do Evangelho deixado por Jesus.
O texto de Paulo e Estêvão registra ainda os episódios finais da vida de Paulo. Liberto em Roma, o ex-rabino empreende a viagem não registrada nos textos bíblicos para a Espanha, vendo-se forçado a retornar em pouco tempo para Roma, devido ao pedido de Pedro, que lá estava, e que necessitava do auxílio de Paulo para tratar dos graves eventos que levaram à prisão de João. Paulo retorna então para auxiliar os amigos, e tendo conseguido a liberdade para João, vê-se ele próprio encarcerado. O incêndio de Roma e a culpa atribuída aos cristãos estabelecem uma atmosfera de novas e severas perseguições na capital do império. Nessa situação, Paulo preso experimenta solidão e desamparo, mas com o auxílio dos poucos que ainda ficaram com ele, dentre os quais Lucas, redige várias cartas, dentre as quais, a última, direcionada a Timóteo, o filho do coração. O livro registra a morte de Paulo em Roma e a altivez moral com que ele enfrenta esse último momento, despedindo-se do corpo físico e indo ao encontro do Mestre com a tocha da vitória pelas luzes que deixara na Terra. Todos estes eventos estão registrados em maiores detalhes no último capítulo do livro Paulo e Estêvão, que recomendamos ao leitor concluir ali a leitura desta saga de lutas e desafios enfrentados pelos primeiros cristãos, para nos legar esta Doutrina de luzes e esperanças, que venceu os milênios por estar calcada no amor, no perdão e na fraternidade.
Saulo Cesar Ribeiro da Silva