1 Ninguém se mostrou, até hoje, na Terra, sob tamanhos contrastes.
Jesus Cristo!…
Senhor e servo.
Zénite da luz espiritual a ocultar-se nas sombras da meia-noite.
Exaltação e humildade.
2 Emissário de Deus, em socorro dos homens, não teme acolher-se ao reduto dos animais para desvincular-se de todos os preconceitos dos homens, a fim de abraçá-los e servi-los, sem distinção, por irmãos genuínos e, tanto quanto Ele próprio, filhos de Deus.
3 Desde então, astro consciente, desce das estrelas para estancar o sofrimento de mansardas escuras, e faz-se o viajor de rincões singelos, acendendo clarões inextinguíveis na marcha dos povos!…
4 Embaixador da Misericórdia divina, sob o impacto da miséria humana, sol da vida, dissipando as trevas da morte!… 5 Severidade de juiz, à frente do mal, brandura materna ante aqueles que o mal encarcera por vítimas…
6 Jesus Cristo!… o Salvador que não salvou a si mesmo, a fim de realmente salvar!… 7 No quadro de todos os triunfadores do mundo, é ele o supremo vencedor, porque deu a si mesmo pelo bem de todos, amando e servindo até à morte e além da morte! 8 Por isso mesmo, de Natal a Natal, perante todas as lutas e conflitos da humanidade, repleta-se o mundo de esperança, ouvindo, de novo, o cântico inesquecível das milícias celestiais: - Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!… ( † )
Emmanuel
(Reformador, dezembro 1968, página 267)