O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Opinião espírita — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


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Enganos ante os Espíritos

O Livro dos Médiuns — Questão 286. n


1 Julgar que todos os Espíritos benevolentes que se comunicam na Terra são instrumentos imaculados. Desencarnação é vida em outra face.

2 Considerar que eles veiculam princípios de virtude, como se fossem anjos flanando nos céus, dando conselhos que nada lhes custa. O professor reconhece-se impelindo a disciplinas mais austeras que as dos alunos para ser digno da missão de ensinar.

3 Chamá-los, a propósito de bagatelas. Criaturas relativamente educadas sabem respeitar os horários alheios.

4 Solicitar-lhes concurso em problemas estritamente materiais. Nenhum de nós, conquanto satisfeitos de ser úteis, furtará obrigações dos outros, das quais eles necessitam para a segurança da própria felicidade.

5 Censurá-los por não estarem à nossa inteira disposição. Amigos sinceros e conscientes não escravizam amigos.

6 Complicar as consultas que lhes queiramos fazer, com a desculpa de lhes testar a existência. Só os corações irresponsáveis intentariam transformar os entes amados em ledores de buena-dicha.

7 Exigir-lhes a verdade total. Todos nós cultivamos o tato psicológico no trato recíproco e não ignoramos que certas revelações funcionam nos mecanismos da alma, assim como determinados medicamentos que somente beneficiam os mecanismos do corpo em dose adequada.

8 Criticar-lhes sem ponderação e respeito as falhas quando apareçam. A pessoa de bom senso compreende claramente o desacerto do benfeitor de quem já recebeu noventa e nove favores perfeitos, através de recursos imperfeitos, como sejam os canais mediúnicos terrestres e doente algum pode queixar-se quando ele mesmo procura obscurecer, por todos os modos, os raciocínios e manifestações do médico.

9 Não desconhecemos que entre a encarnação, a desencarnação e a reencarnação, todos somos Espíritos em trabalho evolutivo.

10 A Doutrina Espírita é o fiel da balança de nossas relações uns com os outros, nos Planos a que se acolhem desencarnados e encarnados, representando orientação e luz, ensinamento e pedra de toque. Diante dela os Espíritos têm responsabilidade e os homens também.


André Luiz


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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