O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Opinião espírita — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


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Na conduta do Cristo

O Livro dos Espíritos — Questão 625. n


1 Basta deseje e qualquer um pode comprovar nos versículos evangélicos que nos três anos de vida messiânica Jesus:

2 Em tempo algum duvidou do Pai;

3 Nenhuma vez operou em proveito próprio;

4 Não recusou a cooperação dos trabalhadores menos respeitáveis que as circunstâncias lhe ofereciam;

5 Jamais deixou de atender às solicitações produtivas e nem chegou a relacionar as requisições irrefletidas que lhe eram endereçadas;

6 Não discriminou pessoas ou recintos para prestação de auxílio;

7 Nada fez de inútil;

8 Nada usou de supérfluo;

9 Não fugiu de regular o ensinamento da verdade conforme a capacidade de assimilação dos ouvintes;

10 Nunca foi apressado;

11 Nada fez em troca de recompensa alguma, nem mesmo na expectativa de considerações quaisquer.


*

12 Realmente, se Jesus não fez isso, por que faremos?

13 Aplicada a conduta do Cristo à mediunidade, compreenderemos facilmente que, 14 se possuímos a fé raciocinada é impossível vacilar em matéria de confiança no auxílio espiritual; 15 que, tarefeiro a deslocar-se para ações de benefício próprio figura-se lâmpada que enunciasse o despropósito de acreditar-se brilhante sem o suprimento da usina; 16 que, devemos atender às petições de concurso fraterno que nos sejam encaminhadas, dentro dos nossos recursos, sem a presunção de tudo saber e fazer, quando o próprio sol não pode substituir o trabalho de uma vela, chamada a servir no recesso da furna; 17 que, o aprendiz da sabedoria interessado em carregar inutilidades e posses estéreis lembra um pássaro que ambicionasse planar nos céus, repletando a barriga com grãos de ouro.

18 Na mediunidade com Cristo, principalmente, faz-se preciso reconhecer que a pressa não ajuda a ninguém, que ele, o Mestre, nada exigiu e nada fez a toque de força, e nem transformou situações ou criaturas, através de empresas milagrosas, porque todo trabalhador sem paciência assemelha-se ao cultivador dementado que arrancasse, diariamente, do seio da terra, a semente viva, nela depositada, para verificar se já germinou.


André Luiz


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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