1 Muitos daqueles que se abeiram da Nova Revelação chegam famintos de consolo e sequiosos de informação acerca dos entes queridos que se transferiram para o Mais Além.
2 Muitos revelam aflitivas saudades, outros carregam simples indagações.
Nesse sentido, porém, há que tranquilizar o coração e entesourar entendimento.
3 Ponderar que os desencarnados nem sempre dispõem de meios para se entremostrarem qual se encontram.
4 Noutro aspecto do problema, o desligamento do corpo físico lhes terá imposto tamanha mudança no modo de ser e de ver, que muitos deles preferem a própria ocultação, a fim de se esquivarem a revelações que em nada adiantariam aos entes amados que ficaram na Terra. 6 Desistindo sabiamente de avisos prematuros que apenas tumultuariam, sem proveito, o espírito dos ouvintes, julgam mais acertado ajudá-los em silêncio, transferindo notícias pessoais para situações oportunas.
6 Ainda no assunto, em vários casos, o médium em lide pode funcionar, à maneira da campainha de alarme, concitando ao estudo da imortalidade da alma pelas ocorrências supernormais que provoca, sem oferecer, entretanto, recursos imprescindíveis às comunicações de natureza individual.
7 Sempre aconselhável recordar os amigos que partiram do mundo, cumprindo-lhes os deveres que deixaram inacabados ou cultivando os ideais mais nobres a que se afeiçoaram durante a existência física.
8 Lembrá-los sem aflição, abençoá-los em pensamento, sem constrangê-los a manifestações provocadas que apenas lhes desfigurariam a palavra ou a presença.
9 A pouco e pouco, em resposta às afetuosas aspirações que recolhem, eles mesmos encontrarão o caminho para trazerem espontaneamente a mensagem de ternura e reconforto aos corações que se recordam.
10 O pronunciamento do amor parece flor da alma e toda flor pede confiança e serenidade para desabrochar plenamente.
Emmanuel