1 Antes de examinar a nossa condição de Espíritos devedores, na esfera da consanguinidade, vejamos o lar enobrecido em sua função de oficina do amor.
2 Para isso, é importante figurar o teu próprio sonho de felicidade para além da experiência terrestre.
3 Se houvesses de partir agora, ao chamado da desencarnação, decerto rogarias para teu imediato proveito o céu do retorno aos entes amados.
4 Quem não terá, enquanto na Terra, residindo para lá das fronteiras da morte, um coração materno, um pai amigo, um irmão ou um companheiro? 5 Quem de nós não sentirá saudades de alguém, até que nos reunamos todos no doce país da União Sem Adeus? 6 E muitos de nós, quando nos desenfaixamos do corpo denso, somos carinhosamente acolhidos pela dedicação dos que nos precederam, apesar dos desequilíbrios que demonstremos, para a devida restauração em bases de amor.
7 Assim também, os seres queridos do Plano Espiritual, quando necessitam do regresso ao Plano físico, ansiando a conquista de paz e reajustamento, escolhem o nosso clima doméstico para as temporadas de serviço regenerativo ou reequilibrante de que sejam carecedores, atendendo sempre aos imperativos do amor que nos associam.
8 Se guardas no lar alguém que te enternece pela enfermidade ou provação que apresente, não julgues teus cuidados à conta de culpa e resgate, mas, sim, desenvolve-os por tributo de reconhecimento e carinho, em favor daquele coração faminto de harmonia consigo mesmo que te procurou a companhia, em nome do afeto milenário que a ele te junge desde outras eras.
9 Lembra-te de que o débito da ternura e da gratidão jamais termina.
10 Teu lar é um ponto bendito do Universo em que te é possível exercer todas as formas de abnegação a benefício dos outros e de ti mesmo, perante Deus. Pensa nisso e o amor te iluminará.
Emmanuel