1 Se procuras a fonte que sacia
A dolorosa sede de conforto,
Acorda a fé no peito quase morto
E foge à indiferença escura e fria.
2 Aprimora teu sonho, cada dia,
Guardando o Céu por deslumbrante porto
Aos espinhos e cardos do teu horto,
Em que padeces na aflição vazia.
3 Se desejas o dom da paz divina,
Por extinguir a angústia que te inclina
Às densas trevas do despenhadeiro,
4 Serve em silêncio a todos e acompanha
O Doce Flagelado da Montanha
Que abre os braços na cruz ao mundo inteiro.
Vallado Rosas
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