1 Quando o espinho buscar-te o coração
E puderes dizer — bendito sejas!
Quando a pedrada visitar-te o peito
E exclamares — bendita sejas tu!
2 Quando a prova amargosa e redentora
Requisitar-te a casa ao pranto escuro
E lembrares que há sombras
Mais terríveis que a tua em muita gente;
3 Quando inclinares teus ouvidos calmos
À irritação e à cólera dos outros,
Perdoando as ofensas e esquecendo-as;
4 Quando a dor inspirar-te
O canto excelso e doce da esperança;
5 Então tua alma içada à luz Celeste,
Sob a glória da vida superior,
Viverá luminosa e preparada
Para o Reino do Amor…
Rodrigues de Abreu
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