1 Perdoa, meu irmão,
A noite triste e densa,
Porque a noite nos traz da escuridão
A alvorada por doce recompensa.
2 Desculpa, meu amigo,
Os acúleos das dores,
Quase sempre o espinho traz consigo
A oferenda das flores.
3 Suporta, conformado,
Os golpes da amargura,
Pois muitas vezes, o fel inesperado
Traz a bênção da cura.
4 Tolera a tempestade que alardeia
Violência e furor…
Finda a tormenta, a Terra brilha cheia
De promessas de amor.
5 Em todo o tempo, a vida é sempre assim
Se o perdão te conduz
Recolherás os júbilos do fim,
Na vitória da luz.
Carmen Cinira
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