O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Ninguém morre — Familiares diversos


n

Mensagem da vovó e mãe do coração

1 Querida Nancy, n
Deus nos abençoe.

2 Escrevo, a pedido do Antônio, n no intuito de tranquilizá-los.

3 Os nossos foram devidamente amparados.
Estávamos com vários amigos, incluindo o nosso amigo Monsenhor Rosa, n a fim de acolhe-los nas vizinhanças de Andradina.

4 Não se pode esperar deles, por agora, senão um período mais ou menos longo, para tratamento em regime de hospitalização.

5 José Roberto n e Luci, n nossa amiga Maria Antonieta n e as crianças, Roberto, Luciana e Valdomiro, n estão protegidos por muitos amigos.

6 Pedimos, Antônio e eu, a vocês todos para não se lastimarem.

7 Peço a você, tanto quanto aos meus filhos Antônio, Wilson, Breno e Hugo, n com as minhas filhas pelo coração, se harmonizarem com a prece, porque, nessas horas de provação, é melhor silenciar a nossa palavra na oração do que opinar sobre leis que ainda não compreendemos.

8 Sabemos que a morte para seis corações da família é uma dor que fere fundo, mas pedimos a todos, paciência e fé na Providência Divina.

9 Em minha pobreza espiritual, rogo a Jesus nos proteja a todos, e abraça-os no carinho de sempre a vovó e mãe do coração,


Maria Tereza Lopes Maniglia n




PACIÊNCIA E FÉ NA PROVIDÊNCIA DIVINA


Entrevistamos, em sua residência, à Rua General Osório, 2.155, Fone 722-7834, em Franca (SP), na tarde de 22 de janeiro de 1981, a Sra. Nancy Mara Maniglia Nascimento, casada com o Sr. Alberto Santos Nascimento, atuante fazendeiro, não somente no Estado de São Paulo, mas do Mato Grosso do Sul, sobre a senhora sua mãe — D. Maria Thereza Lopes Maniglia, — autora da “Mensagem da vovó e mãe do Coração”, recebida pelo médium Xavier, no Grupo Espírita da Prece, ao final da reunião pública da noite de 20 de janeiro de 1979, nosso capítulo anterior.

Por itens, estudemos a aludida página mediúnica, que tanto consolo trouxe à família, abatida pela desencarnação simultânea de seis de seus elementos, num desastre aéreo, sobre o qual nos estenderemos mais, no capítulo 20 deste volume. [No livro impresso]


1 — Nancy: D. Nancy Mara Maniglia Nascimento, nossa entrevistada, filha de D. Maria Thereza.


2 — Antônio: Sr. Antônio Maniglia, esposo de D. Maria Thereza e pai de D. Nancy, desencarnado a 5 de janeiro de 1963.


3 — Monsenhor Rosa: A seu respeito, eis o que conseguimos obter, no Museu Histórico do Município (de Franca-SP) José Chiachiri,  n graças à gentileza da Sra. Margarete de Fátima Verzola Marques da Silveira, na tarde de 28 de janeiro de 1981:

“Monsenhor Cândido Martins da Silveira Rosa, oriundo de Jacareí, chegou à Franca no ano de 1856, tendo falecido em Dezembro de 1903, 53 anos após uma admirável vida dedicada exclusivamente à salvação das almas.

“Gênio vibrante, inquieto, tornou-se o Vigário querido da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Franca.

“Lutou muito, pela religião católica, pelo ensino, pela comunidade francana.

“Foi aquele sacerdote a quem todos devotavam sincera veneração.

“Polemista admirável, na tribuna da imprensa, verberou os inimigos da igreja, levantou campanhas memoráveis.

“Quando D. Vital, no Norte, sofria tremendas perseguições e era cognominado “Leão do Norte”, Monsenhor Rosa (ao tempo Padre Cândido), daqui fazia a sua defesa e foi cognominado “Trovão do Sul”

“Deve-se a Monsenhor Rosa o primeiro Coleginho de meninas, dirigido por suas irmãs, D. Marcolina e D. Minervina Rosa.

“A esse inolvidável padre se deve a vinda para Franca dos dois tradicionais educandários — o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, que conta atualmente com 80 anos, e o Ginásio Campagnat, naquele tempo Externato Nossa Senhora da Conceição, além de outros.

“Seus restos mortais estão sepultados numa das grandes colunas da nossa Igreja Matriz N.S. da Conceição, próximo ao altar no seu lado direito, igreja essa de quem também foi o seu principal esteio.

“Doou prédios e terrenos para os educandários locais, amparou ao sábio capuchinho francês Frei Germano de Annecy, que construiu em Franca o segundo relógio solar do mundo, protegeu ao jornalista César Ribeiro, que tempos atrás o combatera em seu jornal “O Nono Distrito”.

“Foi-lhe concedido, pelo Papa Leão XIII, o título de seu camareiro secreto e foi o único sacerdote brasileiro, na época, que recebeu de D. Pedro II, que o estimava, uma comenda.”


4 — José Roberto: José Roberto Alves Pereira, nascido a 3 de setembro de 1945 e desencarnado a 6 de janeiro de 1976, em acidente aéreo, juntamente com sua esposa, filhos e mãe. Genro de D. Maria Thereza, sobre quem entraremos em detalhes, no capítulo 20. [Vide novos dados no próximo capítulo.]


5 — Lucy: Lucy Maniglia Alves Pereira, esposa de José Roberto, e filha de D. Maria Thereza.
Nascida a 26 de junho de 1944, e desencarnada a 6 de janeiro de 1979, juntamente com seu esposo, filhos e sogra.


6 — Maria Antonieta: D. Maria Antonieta Comodaro Pereira, nascida em 21 de fevereiro de 1925, e desencarnada a 6 de janeiro de 1979, em acidente aéreo, juntamente com seu filho José Roberto, sua nora Lucy e seus netos Roberto, Luciana e Waldomiro.


7 — Roberto, Luciana e Waldomiro: Roberto Alves Pereira; Luciana Alves Pereira e Waldomiro Alves Pereira Neto, nascidos, respectivamente, a 22 de outubro de 1968; 10 de março de 1970; e 18 de março de 1971. Desencarnados em acidente aéreo, a 6 de janeiro de 1979, juntamente com seus pais e avó.


8 — Antônio, Breno e Hugo: Antônio Maniglia Júnior; Breno Maniglia e Hugo Maniglia, filhos de D. Maria Thereza, residentes em Franca, Estado de São Paulo.


9 — Maria Thereza Lopes Maniglia: Senhora de tradicional família francana, nascida em 4 de abril de 1914, e desencarnada a 13 de abril de 1951.


Que Jesus, o Divino Mestre, possa abençoar todos os Espíritos mencionados na mensagem de D. Maria Thereza, encarnados e desencarnados, e o nosso prezado amigo Chico Xavier, a fim de que ele, com mais saúde, possa continuar com o seu mediunato, para a alegria, o reconforto e as esperanças sempre crescentes de todos nós, os seus coetâneos.

E, leitor amigo, sem perda de tempo, passemos aos dois próximos capítulos.


Elias Barbosa



[7] À pág. 6 de um Almanaque, já amarelecido pelo tempo, constante da Pasta “Vultos Famosos”, sob o título “Rua Monsenhor Rosa — Sua História”.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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