1 Queixas-te de influências perniciosas que te desgastam a vida.
2 Alegas que Espíritos sofredores te vampirizam as horas e que obsessores te viciam os pensamentos.
3 E, muitas vezes, a cada dia, experimentas tensão e desespero, cólera e enfermidade.
4 Para conjurar o perigo, recorres à oração e aos conselhos edificantes.
5 Tais medidas, no entanto, não obstante providenciais, podem ser comparadas às receitas médicas que, apesar de preciosas, passam despercebidas, se os recursos indicados não forem usados conforme as prescrições.
6 Isso equivale dizer que os agentes externos são necessários à nossa própria preservação contra os males que nos atormentam, entretanto, se nos propomos realmente a vencê-los, analisemos a nossa posição individual no campo das influências.
7 Se sabemos marcar os que nos ferem, aqueles aos quais ferimos igualmente podem marcar-nos.
8 Aos que nos sugiram algo, algo conseguiremos também sugerir.
9 A solução do problema, em matéria de influências nocivas, será alcançada se criarmos a força e a sugestão do bem no ambiente menos desejável que nos rodeie.
10 Para isso é preciso que o entendimento e a união se façam ingredientes essenciais de nossa própria atitude.
11 Não temos necessidade de recear as influências chamadas perniciosas, porquanto, se outros nos influenciam o caminho, também nós desfrutamos a possibilidade de influenciar o caminho alheio.
12 E estamos convencidos de que tudo aquilo que doarmos aos nossos irmãos para nós voltará.
Emmanuel