Os dias passam e a saudade santificada no amor exerce, em cada coração, o vínculo que nos prende às lembranças de quanto nos queremos.
Cada filho, cada esposo, cada parente exercendo a função que lhes coube no seio familiar, relutam em compreender que o amor de Deus está presente na partida, parte dos compromissos gerados nas dificuldades está se cumprindo, levando para o amanhã as novas aspirações que a reencarnação completou.
Assim sendo, Ricardo, ao despertar na Espiritualidade, compreendeu que a liberdade na Terra é consistente de nossa presença, mormente quando nos reconhecemos compromissados e a desencarnação nos tira do compromisso fixado.
No seu pensamento, expõe:
“Aí na Terra, muitas vezes na condição de homem, cremos que determinada jovem somente será feliz em nossa companhia mas, se a desencarnação nos colhe em sua rede de sombras para o nosso despertamento em nova luz, as nossas ideias se modificam.
“Ficaríamos felizes se alguém nos obrigasse a permanecer em solidão, a título de saudade?
“Julgaríamos certo que uma pessoa querida nos sentenciasse à carência afetiva e abandono, tão só porque não somos os autores da felicidade que precisam usufruir?”
Valoriza a Bondade Infinita dos Céus que se esmera em socorrer aos carentes filhos da Terra, aliviando-lhes as dores escoradas na saudade infinita.
Mensagem: 16 de maio de 1987.
Ricardo Romano Secchieri:
Nascimento: 30 de julho de 1953.
Desencarnação: 9 de fevereiro de 1985.
Pais:
Ricardo José Secchieri (desencarnado).
Aparecida Santos Secchieri.
Rua Ararapira, 58 — CEP 04069-010 — São Paulo — SP.
Irmãos:
Sidney Alexandre Secchieri.
Ivete Adelina Secchieri.
Vitorino: Padrinho de Sidney
Policano: Amigo de sua irmã Ivete
Sueli Maria: Ex namorada
1 Querida mãezinha Aparecida, associando-me ao seu coração, articulo neste momento a imagem do papai Ricardo, o sorriso da irmã Ivete e a bondade do meu irmão Sidney, com a fisionomia dos nossos mais íntimos para fazer por minha conta uma oração em conjunto, rogando a Deus nos abençoe.
2 Tantos dias já se passaram sobre o meu desenlace, com a perda do corpo, que a prece se me faz uma bênção que repito em todos os dias.
3 Do que me aconteceu no acidente havido, as minhas lembranças estão se apagando, exceção das recordações da família querida e de nossa querida Sueli Maria, cuja felicidade rogo à Divina Providência.
4 Mãezinha, esta é uma página de saudade e carinho para demonstrar-lhe que o esquecimento não existe entre os que se amam.
5 Agradeço suas preces e os seus pensamentos de apoio que me auxiliam desde o início de minha permanência aqui.
6 Creia que essa aflição do mundo familiar se nos renova nos corações e, de certo modo, nos prende ao campo terrestre, impedindo a nossa aspiração de altos cimos.
7 Somos uma só família, e como escalar a montanha da alegria sem aqueles que ainda vemos tangidos pelo sofrimento?
Por isso é que o seu Ricardo vem apagando as reminiscências infelizes sucessivas, na tela da memória, cada vez mais.
8 O quadro abençoado de nossa vida doméstica permanece.
Principalmente, quanto à querida noiva.
O anseio de progresso, a fim de auxiliá-la a ser feliz é cada vez maior.
9 Aí na Terra, muitas vezes na condição de homem, cremos que determinada jovem somente será feliz em nossa companhia, mas, se a desencarnação nos colhe em sua rede de sombras para o nosso despertamento em nova luz, as nossas ideias se modificam.
10 Ficaríamos felizes se alguém nos obrigasse a permanecer em solidão, a título de saudade?
Julgaríamos certo que uma pessoa querida nos sentenciasse à carência afetiva e abandono, tão só porque não somos os autores da felicidade que precisam usufruir?
11 Estou feliz porque, muito sinceramente, desejo a paz e a alegria de todos os nossos.
12 Agradeço o carinho com que me lembram, entretanto, não deixaria de sentir saudades de todos vocês, caso me distanciasse da lembrança.
13 Graças a Deus, tenho podido desprender mais tempo dentro de mim mesmo para aprender que somos todos filhos de Deus e que a Bondade Infinita dos Céus se esmera em socorrer-nos a todos.
14 Peço-lhe continuar tranquila e, quanto se lhe faça possível, auxilie a outras mães que atravessam problemas de nos fazer chorar.
15 Que Deus ampare a todos como nos amparou.
Penso assim, recordando igualmente a proteção do Alto que suaviza as provas de nosso irmão Vitorino e do nosso amigo Policano.
16 Rendemos graças a Jesus e, por favor, não permita que os nossos me lastimem, pois temos recebido da Bondade de Deus o melhor que nos seria lícito obter.
17 Mãezinha Aparecida, peço distribuir com todos os nossos as minhas lembranças, e receba as muitas saudades envolvendo o carinho de seu filho, sempre reconhecido,
Ricardo
Rubens S. Germinhasi