O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Mãos unidas — Emmanuel


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Abençoar e compreender

1 Ressentimento não se constitui tão só do azedume que se nos introduz no espírito, quando a incompreensão nos torna intolerantes, à frente das grandes dificuldades de alguém.

2 Existem igualmente os pequeninos contratempos do cotidiano que, sem a precisa defesa da vigilância, acabam por transformar-nos o coração em vaso de fel, a expelir germes de obsessão e desequilíbrio, ambientando a enfermidade ou favorecendo a morte.


3 Analisemos essas diminutas irregularidades que nos será lícito classificar como sendo cargas de sombra íntima:

  4 o descontentamento à mesa porque a refeição não apresente o prato ideal;

  5 a impaciência ante a condução retardada;

  6 a indisposição contra o clima;

  7 a contrariedade em serviço;

  8 o constrangimento para desculpar um amigo;

  9 o mal-estar perante um desafeto;

  10 o melindre desperto, em ouvindo opiniões que se nos mostrem desfavoráveis;

  11 o desagrado nas compras;

  12 o desgosto injustificável em família, unicamente pelo motivo desse ou daquele parente não pensar pela nossa cabeça;

  13 os cuidados exagerados com obstáculos naturais na experiência comum;

  14 a pressa e a agitação desnecessárias;

  15 o descontrole ante uma visita-problema;

  16 a exasperação diante de uma tarefa extra-programa;

  17 o desespero contra as provas inevitáveis que a vida nos oferece a cada um.


18 Tanto pesa na balança o quilo de chumbo em massa, quanto o quilo de palha nela depositado, de haste em haste.

19 Meditemos, em torno disso, e reconheceremos que o perdão incondicional deve também alcançar as mínimas circunstâncias que se nos façam adversas.

20 Em síntese, para que a paz more conosco, assegurando-nos proveito e alegria, nos caminhos do tempo, é forçoso não apenas trabalhar e servir sempre, mas igualmente compreender e abençoar.


Emmanuel


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