1 Um tipo de beneficência indispensável ao êxito nas tarefas de grupo: o entendimento entre os companheiros.
2 Não nos referimos ao entendimento de superfície, mas à compreensão de base, através da paciência recíproca, que se apresente, na esfera do trabalho, para a superação de todos os empeços.
3 Acostumamo-nos a subestimar as exigências pequeninas, como sejam a supressão de um equívoco, a reformulação de um pedido, uma frase calmante em hora difícil, o afastamento de uma queixa…. E a tisna de sombra passa a enovelar-se com outras tisnas de sombra; a breve espaço, ei-las transformadas em bola de trevas, intoxicando o ânimo da equipe com a obra ameaçada de colapso ou desequilíbrio.
4 Não ignoramos que um parafuso desarranjado numa roda em movimento compromete a segurança do carro, que o curto-circuito em recanto esquecido é suscetível de incendiar e destruir edifícios inteiros… Mesmo assim, não sanamos, comumente, o mal-entendido, capaz de converter-se em agente de perturbação ou desordem, arrasando largas somas de serviço, no qual se garante a paz da comunidade.
5 Estabelecido o descontrole no mecanismo de nossas relações uns com os outros, pausemos um minuto de meditação e prece, para observar com serenidade o desajuste em causa ou o hiato havido. Em seguida, aceitemos a mais elevada função da palavra: a da construção do bem e saibamos esclarecer-nos, mutuamente, esculpindo o verbo em tolerância e fraternidade, a fim de que a marcha eficiente do grupo não se interrompa.
6 Certifiquemo-nos de que muito coração do caminho espera unicamente um toque de gentileza para se descerrar à alegria e ao trabalho, ao apaziguamento e à renovação, lembrando certas portas de nobre e sólida estrutura que aguentam golpes e murros de violência, sem se alterarem, mas que se abrem, de imediato, sob a doce pressão de uma chave.
Emmanuel