1 Falas comumente da felicidade, qual se te referisses à deidade remota, quando esse filão de alegria se te localiza ante os pés.
2 Felicidade, porém, não é conquista fácil, prodígio de herança, episódio social ou bafejo da fortuna.
3 Somos convidados pela vida a criá-la em nós e por nós, como sucede com todas as nossas aquisições humanas.
4 Plantas o milharal e o milharal te responde ao carinho com o tesouro da colheita.
5 Instalas a usina, junto de forças determinadas da natureza, e essas forças da natureza te retribuem com vigorosos reservatórios de força.
6 No mesmo sentido, a felicidade atira as próprias sementes no caminho de todos, especialmente entre aqueles que jazem atormentados por desenganos e lágrimas e, a breve tempo, ei-la que te oferta messes valiosas de esperança e ventura, tranquilidade e cooperação.
7 Aqui, o próximo em penúria te solicita singela fatia de reconforto;
8 ali, se te pede ligeiro auxílio a favor de mães e crianças desamparadas; além, irmãos enfermos em desvalia esperam de ti alguns minutos de atenção e bondade, categorizados por eles à conta de apoio celeste;
9 adiante, as vítimas das inquisições sociais esmolam-te simpatia e compreensão num olhar de ternura;
10 mais adiante, os caídos em viciação e delinquência suplicam-te apenas uma palavra de encorajamento e de paz que lhes dulcifique o coração;
11 e, por toda parte, amigos e adversários, muitas vezes, aguardam de ti uma frase só de entendimento e generosidade, fé e bênção, que os auxilie a caminhar.
12 Descerra a própria alma à influência do Cristo que jamais se negou a criar o bem nos outros e para os outros e, um dia, escutarás de espírito jubiloso, ao te despedires dos nossos irmãos da Terra: — “Bendito sejas, coração amigo! O mundo ficou melhor e mais feliz porque viveste”.
Emmanuel