1 Mediunidade não é instrumento barato de mágica, com que os Espíritos superiores adormeçam a mente dos amigos encarnados, utilizando-os em espetáculos indébitos para a curiosidade humana.
2 Realmente observamos companheiros que se confiam a entidades não aperfeiçoadas, embora inteligentes, efetuando o fascínio provisório de muitos, no setor das gratificações sentimentais menos construtivas, entretanto, aí temos o encantamento temporário e nada mais.
3 Tarefa mediúnica, no fundo, é consagração do trabalhador ao ministério do bem. 4 O fenômeno, dentro dela, surge em último lugar, porque, antes de tudo, representa caridade operante, fé ativa e devotamento ao próximo.
5 Quem busque orientação para empresas dessa ordem, procure a companhia do Cristo que não vacilou em aceitar a cruz para servir, dentro do divino amor que lhe inflamava o coração.
6 Ser medianeiro das forças elevadas que governam a vida é sintonizar-se com a onda sublime do Evangelho da Redenção que instituiu o “amemo-nos uns aos outros”, ( † ) como Jesus se dedicou a nós, em todos os dias da vida.
7 A prosperidade dos sentidos superiores da alma não reside no artificialismo dos fenômenos transitórios e sim na devoção com que o discípulo da verdade se honra em peregrinar com o Mestre do perdão e da humildade, da renúncia e da vida eterna, ajudando, sem exceção, os viajores do escabroso caminho terrestre.
8 Se pretendes, meu irmão, um título na mediunidade que manifesta no mundo as revelações do Senhor, não te fixes tão só na técnica fenomênica; rejubila-te com as oportunidades de servir, exprimindo boa vontade no socorro a todos os necessitados da senda humana e, renovando os sofredores e os ignorantes, os perturbados e os tristes, sob o estandarte vivo de teu coração aberto para a Humanidade, abraça-os por tua própria família!
9 Depois disso, guarda a convicção de que te movimentas para a frente e para o alto, porque Deus, o o Compassivo Pai de todos nós, virá ao teu encontro, enchendo-te a jornada de esperança, alegria e luz.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada em junho de 1951 pela FEB no Reformador e é também a 132ª lição do 4º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.