1 NÃO permitas que o desgosto menor te conduza ao fracasso, para que o fracasso te não conduza aos desgostos maiores.
2 Lembra-te de que a Terra é a nossa antiga escola de aprimoramento espiritual e não lhe menoscabes as lições.
3 Recorda o paralítico algemado ao leito de dor e agradece ao Céu as pernas ágeis e firmes que te garantem a verticalidade do corpo.
4 Considera o mutilado a quem falta a bênção das mãos e valoriza os recursos que te fazem encontrar no trabalho a fonte da alegria.
5 Não olvides o cego, às vezes, na bruma das lágrimas, e utiliza os olhos na procura do bem.
6 Não te esqueças do mudo que atravessa o carreiro terrestre, quase sempre solitário e incompreendido, e conserva limpa a palavra de que te vales para atingir o progresso mais amplo.
7 Reflete no idiota, que passa entre os homens, com as dificuldades do cérebro ensandecido, e mobiliza o próprio raciocínio, prestigiando o que se te faça útil.
8 Medita nos que vagueiam sem lar e honra o teu reduto doméstico, cultivando dentro dele a bondade e a tolerância, a compreensão e a gentileza por diretrizes de cada dia.
9 Pensa nos corações cristalizados na indiferença, que viajam no mundo à feição de órfãos voluntários e exalça a própria fé, traduzindo-a em obras de humildade e amor, generosidade e perdão, para que a luz divina se te eleve por bússola no caminho.
10 Valoriza o trabalho que desenvolves, os amigos, os familiares, os recursos, os instantes de que dispões e sentir-te-ás agora rico de possibilidades para ampliar o tesouro de bênçãos com que serás aquinhoado agora, hoje e depois.
11 Lembremo-nos de que a Terra é simplesmente um degrau em nossa escalada para os cimos resplendentes da vida e, acordados para as oportunidades do serviço, avancemos para diante, aprendendo e amando, auxiliando aos outros e renunciando a nós mesmos, na certeza de que, assim, caminharemos do infortúnio de ontem para a felicidade de amanhã.
Emmanuel