1 O sofrimento em comum é agente bendito de unificação, ensinando-nos a esquecer preocupações descabidas e aflições excedentes, porquanto, nas horas amargas somos naturalmente induzidos a contar uns com os outros.
2 Entretanto, quando a tempestade se vai, deixando-nos o passo, em céu azul, eis-nos em nós mesmos, conosco, na intimidade de nossos pontos de vista.
3 E aí surge o grande problema — o problema de render-nos ao trabalho do bem, de tal modo que não disponhamos de tempo para vincular-nos em demasia às nossas opiniões próprias.
4 Disso concluímos que a influência do conforto e da prosperidade constitui em si precioso ingrediente da vida que nos cabe aproveitar em serviço e mais serviço no bem de todos.
5 Há quem diga que a felicidade do Céu é diminuir a infelicidade da Terra ou extinguir esse mesmo infortúnio.
6 Verdade bela e simples, ser-nos-á lícito transferi-la para o nosso caminho pessoal, compreendendo que a felicidade maior dos que se tornam felizes será sempre atenuar a infelicidade que ainda assedie a existência dos nossos irmãos menos felizes.
7 Deus nos subtrai a dificuldade para que aprendamos a suprimi-la da estrada alheia.
Ajuda-nos para que ajudemos.
Abençoa-nos para que nos habituemos a abençoar.
8 Reconheçamos assim que a tranquilidade e a alegria nos bafejam para que venhamos a mobilizá-las no trabalho do bem geral.
Batuíra