1 A história do Bom Samaritano, ( † ) ainda hoje, compele-nos a reconhecer na caridade o caminho aberto por Jesus à união e à paz, entre as criaturas, e não antes dele.
2 Os papiros do Egito ancião não se reportam a qualquer sentimento, qual o da Parábola, capaz de reunir corações estranhos uns aos outros.
3 Os documentários de Roma Imperial não evidenciam qualquer vestígio de semelhante demonstração de calor humano.
4 As páginas da Grécia antiga, conquanto se definam, até agora, por ápices da cultura filosófica de todos os tempos, não nos revelam indícios desse amor ao próximo, desacompanhado de indagações.
5 Arquivos de povos outros que passaram na Terra, antes do Cristo, não revelam qualquer sinal desse imperativo de amparo imediato a necessitados que se desconheça.
6 Jesus, porém, com a história do Samaritano generoso, inaugura um mundo novo no campo emotivo da Humanidade, com base na assistência a qualquer irmão do caminho terrestre, que se veja em calamidade e penúria, sem distinção de credo e raça.
7 Caridade, onde esteja, é a presença de Nosso Senhor Jesus-Cristo.
8 Sempre que te detenhas a contemplar um hospital ou um lar consagrado aos desprotegidos, uma instituição de auxílio social ou de socorro fraterno, eleva o pensamento à Bondade Divina em sinal de louvor e colabora, quanto puderes, em benefício dos outros.
9 Através do ensinamento do Senhor, todas as criaturas válidas são naturalmente chamadas pelas Leis de Deus, à sustentação possível daquelas outras que estejam caídas em provação.
10 E sempre que te observes à frente de quaisquer dessas obras dedicadas à compreensão e ao amor, recorda que te achas, perante a irradiação da Luz Divina, ou mais propriamente, ante a Caridade e Jesus.
Emmanuel
(Grupo Espírita da Prece — Uberaba, MG. 27.10.1978)