O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Luz e vida — Emmanuel


15

Em toda a linha

1 Por entre as aflições e inquietudes que definem os quadros da vida atual, inçada de inseguranças e incertezas, surge a Revelação Espírita como fanal grandioso e humilde a clarear os caminhos.

2 Tu, meu amigo, tangido pela dor ou assediado pelo desencanto, nas garras do medo ou nas teias do tédio, vais haurir nas fontes dessa revelação os elementos de reconforto e esclarecimento, apoio e bênção, imprescindíveis à tua sustentação e equilíbrio.

3 Usufruindo os benefícios de uma consolação estimulante, bendizes a Boa Nova como Mensagem do Cristo às tuas necessidades mais íntimas.


4 Refazes-te de abalos morais; fortaleces-te em concepções mais seguras e amplas; jubilas-te com as curas alcançadas; nutres a tua mente com o pão da verdade simples e bela.

5 Mas, meu amigo, preocupado com o que te convém, esqueces do que te cabe. Satisfazendo tuas necessidades imediatas, deténs-te nos benefícios recebidos com esquecimento das obrigações e deveres que te dizem respeito.

6 Qual beneficiado ingrato, negas fidelidade à própria fonte que curou teus males e ao próprio luzeiro que iluminou com amor a tua vida.


7 Em suma, recebes com a mão espalmada da necessidade, recolhendo-a, com as bênçãos recebidas, ao bolso da inatividade e do egoísmo. Recebes e foges. Melhoras e te escondes, reformado e retraído. Por que não enfrentares os apupos ao Espiritismo, se o reconheces salvador?

8 Por que fugires ao testemunho de fidelidade à Doutrina dos Espíritos, se ela está impressa em teu íntimo?

9 Por que te negares à atividade cotidiana dos quadros da Doutrina Espírita, se és endividado dela?

10 Por que te retraíres e esquivares, embaíres e acovardares, se queres a vitória dos princípios com que te identificaste?

11 Não, meu amigo, não culpes os ambientes, não critiques os companheiros, não teças restrições a este ou aquele grupo de trabalho, não te furtes à demonstração da Verdade pela identificação do erro. Não te preocupes em localizar as falhas e sim em exemplificar os acertos.

12 Não te justifiques com esta ou aquela desculpa. O imperativo é claro. Recebeste e deves transmitir. Não te isoles na condição do beneficiado egoísta, do crente desfibrado e do idealista inoperante.

13 Não te envergonhes da doutrina que te foi refrigério; não lhe negues filiação; não te importem as perdas temporárias no mundo, pela crença nos ganhos do Além.

14 Se ela te deu nova vida, não te negues a vivê-la… E assim encontrarás, na crença e no trabalho, as alegrias dulcificantes que o Mestre Jesus reserva, pela Revelação Nova, aos servos fiéis em toda a linha.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir