O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Luz no lar — Autores diversos


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Culto cristão no lar

1 O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte, onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação.

2 A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes.

3 A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.

4 Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
5 A observação impensada é ouvida sem revolta.
6 A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
7 A enfermidade é recebida com calma.
8 O erro alheio encontra compaixão.
9 A maldade não encontra brechas para insinuar-se.

10 E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a beneficio deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a senha n de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.

11 Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana em todas as circunstâncias.


12 Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.


Emmanuel



[1] No original: “O sorriso é a sombra de cada um.”


Essa mensagem foi originalmente publicada em 1961 pela FEB e é a 38ª lição do livro “Instrumentos do Tempo.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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