O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Luz na Escola — Autores diversos


Intróito

Chico Xavier em Campos — 1940

De 25 a 28 de julho de 1940 a alma da Escola Jesus Cristo regozijou-se no Senhor! É que Francisco Cândido Xavier, havendo deixado a sua terra natal, veio a Campos conhecer e visitar a escola que Nina Arueira fundou e dirige, sob as bênçãos piedosas de Jesus.

A Escola o recebeu como um apóstolo e ele de fato o é. Apóstolo daquele Nazareno pobre, que peregrinou pela Terra sofrendo injúrias dos homens e abençoando as crianças, padecendo a incompreensão de muitos e fazendo o bem a todos.

A Escola Jesus Cristo reconhece no humilde trabalhador do Evangelho, no devotado médium Xavier, um legítimo discípulo do Salvador e, por isso, alegre e respeitosamente o recebeu, recordando-se da lição do Mestre divino no Evangelho: “Quem vos recebe a mim recebe, e quem me recebe a mim recebe Aquele que me enviou.” ( † )


Trabalhador de Jesus


Aquele simples e bondoso Francisco Cândido Xavier sempre foi um enigma para os estudiosos da Terra. Para nós outros, todavia, que reconhecemos com Pitágoras que sábio só existe um, que é Deus, nós outros vemos no enigmático jovem de Pedro Leopoldo o que na verdade ele é: um verdadeiro instrumento de Deus para a difusão das luzes celestiais, um genuíno servo de Jesus Cristo pela sua obediência ao Evangelho santo. Numa palavra: um “médium”; como deveriam ser todos os médiuns e todos os trabalhadores da seara divina — humilde, submisso ao Céu, honrado e puro, simples de coração e absolutamente desprendido de todas as vaidades e misérias da Terra.

E a pessoa de Jesus Nazareno volve à lembrança de nosso coração e vemo-lo, mais uma vez, agradecer a Deus com as mesmas palavras do Evangelho: “Graças Te dou, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste essas coisas aos sábios e estudiosos, e as revelaste aos pequeninos.” ( † )


Na Estação


Um grande desejo de Chico Xavier era, há mais de um ano, o de visitar a Escola Jesus Cristo, a “oficina evangélica de Campos”; como a denominou Emmanuel. E na manhã de quinta-feira, 25 de julho, o médium de Pedro Leopoldo desembarcava na Estação Ferroviária Leopoldina, em Campos. Muitos irmãos da Escola Jesus Cristo já o esperavam ansiosos, antes das 7 horas da manhã. Quando o humilde servo de Deus desceu do trem, os mais afetuosos abraços se trocaram, como a relembrar amizades que os séculos não destruíram, mas solidificaram. Os que ainda não lhe haviam visto o rosto sereno e bondoso como que o reconheciam. “Recuerdos… recuerdos de viejos tiempos…” n E nós, intimamente, admirávamos mais uma vez a misericórdia excelsa de Deus a unir, num misterioso crescendo, os corações de Seus filhos na trama admirável e maravilhosa das vidas sucessivas e solidárias a caminho do reino de Jesus.


Clóvis Tavares



[1] “Recordações, recordações de velhos tempos…”


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