O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Luz na Escola — Autores diversos


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Às irmãs da Escola de Jesus

1 Minhas irmãs em Cristo,

Elevo o meu sincero voto à Mãe Excelsa de Jesus para que todos os vossos corações experimentem o orvalho de seu amor desvelado e constante.

2 Nós, hoje, estudamos o Evangelho com lágrimas, no labor de nossa tenda humilde. Nossas lágrimas, contudo, não são as do mundo, que varrem as almas como tempestades de fogo no torvelinho das paixões. Foram para o nosso Espírito a chuva benéfica que fecunda a terra dos sentimentos. Sentimos a união das esperanças, em torno do Mestre divino, e recordamos a sua infinita misericórdia. É o nosso regresso ao seu aprisco de amor inesgotável, é a ânsia de integração na substância de sua exemplificação imortal.

3 A igreja doméstica erige-se novamente no íntimo santuário dos nossos corações. As mulheres modernas, nossas pobres irmãs em humanidade, costumam perder-se na imitação falsa dos labores que Deus destinou aos homens na constituição de seus deveres sagrados. Em todos os lugares, há um apelo criminoso e uma sugestão infeliz para que o coração feminino perca as suas características de ternura. Em toda a parte, falsas ideologias concitam a mulher a realizações desesperadoras, entretanto, generaliza-se o esquecimento de que a elas foi confiada a missão da vida, que, muitas vezes, se executa em silêncio, como o trabalho do Todo-Poderoso, que todas as criaturas parecem ignorar. 4 Todas as edificações grandiosas do mundo pertencem a Deus e, apesar disso, somente os nomes transitórios dos homens falíveis surgem na publicidade de cada dia, quando todas as boas dádivas representam uma real dispensação dos Céus. Em todos os tempos, os homens fizeram as batalhas destruindo os caminhos da vida, destruindo instituições ou intoxicando patrimônios, porém a mulher, na excelcitude de sua tarefa, foi sempre a jardineira de Jesus, plantando as flores da vida sobre as devastações dos movimentos destruidores, como a primavera que enfeita de rosas uma casa desprezada, em dolorosas ruínas.

5 Irmãs muito amigas, nos Espaços mais próximos da Terra também existem colégios de preparação e de amor das almas femininas para a revelação permanente das glórias de Deus. 6 Procuremos saturar o coração da prece e da vigilância daquela que, em Nazaré, soube esperar os desígnios santos do Céu a seu respeito. Seu manto constelado de todas as virtudes se abre generosamente para nós como um pálio divino. Saibamos compreendê-la, desde a manjedoura até o Calvário. Seu exemplo é a luz de todos os séculos para a missionária do Cristo no seu esforço de redenção. 7 Transformemos o lar no templo de cada hora, onde a fé seja um ensino de todos os instantes, a dor, um motivo de resgate venturoso, a esperança, uma aurora perene e o amor, uma fonte daquela água viva que dessedenta toda a sede do coração. 8 Que outras criaturas frágeis e pobres se façam ao mar revolto das ilusões e das amarguras que lhe são consequentes, que outras desfraldem bandeiras novas na estrada das experimentações inconvenientes e tristes!… Fiquemos nós com Jesus, colocando bem alto o seu exemplo e o seu amor.

Esta é a pobre lembrança de vossa irmã e serva muito humilde,


Maria de São João de Deus


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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