O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Luz no caminho — Emmanuel


15

Mensagem

1 Meus amigos, muita paz.
2 A luminosa oportunidade repousa em vossos corações.
3 A experiência humana é sublime aprendizado.
4 A luta é acesso ao Plano Superior.
5 O corpo físico é valiosa bênção.


6 Convidados à superação de antigas fraquezas ou aquinhoados pelo favor divino, na entrosagem das circunstâncias que nos oferecem os valores do presente, urge aproveitar os dons do tempo, no engrandecimento da própria individualidade, que o Senhor deseja mais esclarecida e mais rica para a manifestação de Sua vontade Justa e Soberana, onde estivermos.


7 O Espiritismo, em si, não é um campo maravilhoso que nos convoque ao deslumbramento temporário.
O deslumbramento em todas as ocasiões, é nota festiva que a voragem das horas aniquila inelutavelmente.


8 Imprescindível, desse modo, nos arregimentemos para compreender na doutrina consoladora que nos irmana, o meio venerável para alcançarmos os fins a que nos propomos: a melhoria do mundo pelo aprimoramento de nós mesmos.


9 Realmente, possuímos em mãos apreciável patrimônio de luz que não podemos perder sem grave prejuízo ao nosso futuro.


10 Sabemos agora que não basta viver, no círculo humano, porquanto em função de vida permanecem as incontáveis comunidades de seres inferiores da Terra.


11 A planta e o verme, guardam atividades específicas nos quadros da natureza. Receberão a influência das forças exteriores que lhes compele as ações aos fins a que se destinam.


12 O homem, todavia, pelos preciosos dotes da inteligência e pela coroa da razão que lhe exornam a personalidade, é chamado pela Sabedoria Divina a agir, a determinar e a moldar.


13 O mundo, em si, é obra do colaborador de Deus que é o homem. 14 E o mundo em feição atual, embora os séculos laboriosos de civilização que lhe presidem a rota, não passa, na hora moderna, de vasto caminho torturado e intransitável pelas dissensões ideológicas, pelos conflitos intermináveis da posse, pela dominação do egoísmo, pelo cativeiro do orgulho a que se confinaram as criaturas, desvairadas de descrença e ambição destrutiva, erguendo, flageladas e desiludidas, depois de vários milênios de trabalho purificador, o sepulcro das próprias grandezas.


15 É nesse círculo atormentado de dor imensurável e de aflição sem limites, que o Espiritismo voz traz uma nova bandeira — a da fraternidade cristã, que nos reclama testemunho pessoal no entendimento evangélico e na bondade manifesta, por intermédio dos quais o pensamento do Mestre Divino se exterioriza, reestruturando o serviço do homem à frente do porvir com a Terra melhorada e com a Humanidade redimida.


16 Em razão disso, os que procuram a palavra fraterna, não aguardem a colaboração no setor das revelações prematuras, mesmo porque, o Espiritismo, acima de tudo, é trabalho renovador, em cujo âmbito infinito cada servidor deve situar-se na tarefa que lhe é própria, aureolando-se com a responsabilidade que o encaminhará à bênção do serviço feito.


17 Valendo-nos, assim, de vossa assembleia de amor, convidamos vossa mente e coração ao despertar diante da Vida Superior.


18 Não somos vossos instrutores, somos igualmente caminheiros que vos anteciparam na vanguarda da morte, detendo problemas graves e complexos na ordem evolutiva e nas exigências da purificação; 19 e se voltamos à retaguarda, não nos orienta a movimentação qualquer impulso de afetividade inoperante, inclinando-vos à ociosidade, mas sim o roteiro do amor e da eternidade que nos impele a temporário recuo para vos afirmar que a alma é imortal e que a vida continua…


20 E se a vida é vibração incessante como luta benfeitora, além da morte do corpo, outros aspectos do Universo se desdobram, sublimes aos vossos olhos maravilhados e outras requisições de melhoria nos convocam à frente.


21 Ninguém pode, entretanto, prosseguir o que não teve início; ninguém colherá bens que não haja semeado; e a permanência na Terra, por isto, concentra divino ensejo de plantação da felicidade real pelo trabalho e pelo amor — renovando a existência e sublimando-a.


22 Amor e trabalho, devotamento e ação, constituem as duas alavancas que o Espiritismo com Jesus vos oferece, a fim de que vossa fé não seja vã e para que o vosso dia de reencarnação não entardeça debalde.


23 Não aguardeis que os anjos venham substituir-vos no esforço no campo que vos é permitido cultivar. 24 Jamais subireis pelas asas alheias e nem caminhareis com alheios pés.


25 Indispensável acordar vossas energias interiores, com Cristo que nos renova o ser, marchando ao encontro da Vida Maior.


26 Tudo está fluindo…
Tudo passa na Crosta do Mundo…


27 E toda a aparelhagem de convenções terrestres em que vos movimentais no planeta se constitui de valores secundários, respeitáveis embora, pelas suas expressões educativas.


28 Só o Espírito é eterno e somente os interesses do Espírito encontram base substancial na ordem da vida.


29 Em razão de semelhante verdade, a sede da doutrina que abraçamos é o próprio coração de cada aprendiz.


30 Sem o reajustamento da unidade nunca atingiremos a unidade do Todo.


31 O Espiritismo começará a sua obra divina em cada homem, para afirmar-se iluminado e santificante no lar e na comunidade, ou então naufragaria no caos teórico a que se recolhem todas as escolas religiosas, filosóficas e científicas do passado, relegadas à sombra depois de atenderem à temporárias indagações do pensamento.


32 Eis, nesta carta humilde, meus amigos, a essência de nossa mensagem à vossa assembleia de fraternidade construtiva, esperando que vossos corações nos aceitem a palavra fraternal, por única resposta razoável aos objetivos heterogêneos que vos congregam neste lar consagrado ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus-Cristo.


33 E que a paz de Nosso Divino Mestre vos assinale a jornada, estimulando-vos ao serviço e ao amor cristão, tesouro de luz de que não nos afastaremos sem ruinosas consequências para o nosso futuro espiritual, são os votos sinceros do amigo e servo humilde.


Emmanuel



(Página dirigida a um grupo de amigos solicitantes de uma mensagem, em Pedro Leopoldo, Minas.)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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