“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” — Paulo (Tito 3.10)
1 O ato de aconselhar tem a sua época própria, à maneira de todas as cousas.
2 Muitos aprendizes costumam esquecer que se encontram no mundo em serviço de retificação do pretérito e de autoiluminação, estacionando em falsos caminhos.
3 Insistentemente consultados, não percebem a trama sutil que lhes detém os passos e, quando não regressam à vigilância, vão olvidando inconscientemente a si mesmos.
4 A preguiça sempre se orgulhou de encontrar uma advogada na complacência fácil.
5 E conferindo-lhe posição de superioridade, nela se apoia para a dilatação de todos os erros.
6 A primeira deseja uma companhia para os maus caminhos; a segunda aprova, em vista da falsa situação de destaque em que foi colocada.
7 Daí o veneno sutil da ociosidade que sempre busca os conselhos de sua mentora, para fazer, em seguida, às ocultas, o que bem entende, voltando sempre a se aconselhar novamente.
8 Reportando-nos ao ensinamento de Paulo, não queremos dizer que a rebeldia ou a ignorância devam ser sumariamente condenadas, quando a própria heresia, tem, por vezes, a sua tarefa.
9 Elas merecem uma ou outra admoestação, devem ser credoras de nossa atividade fraternal, mas passado o tempo em que nosso concurso era suscetível de lhes restaurar as estradas, não será justo dar-lhes força para a irreflexão.
10 Temos, igualmente, o nosso roteiro e as nossas experiências.
Estacionar com elas na falsa atitude de conselheiros seria desempenhar o papel da complacência frente à ociosidade criminosa.
Emmanuel