O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Livro da Esperança — Emmanuel


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Conjunto

“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo…” — JESUS — João, 17.24.


“Arme-se a vossa falange de decisão e coragem! Mãos a obra! o arado está pronto; a terra espera; arai!” — Cap. XX, 4


1 Num templo espírita-cristão, é razoável anotar que todo trabalho é ação de conjunto.

2 Cada companheiro é indicado à tarefa precisa; cada qual assume a feição de peça particular na engrenagem do serviço, sem cuja cooperação os mecanismos do bem não funcionam em harmonia.

3 Indispensável apagar-nos pelo brilho da obra.

4 Na aplicação da eletricidade, congregam-se implementos diversos, mas interessa, acima de tudo, a produção da força, e, no aproveitamento da força, a grande usina é um espetáculo de grandeza, mas não desenvolve todo o concurso de que é suscetível, sem a tomada simples.

5 Necessário, assim, saibamos reconhecer por nós mesmos o que seja essencial a fazer pelo rendimento digno da atividade geral.

6 Orientando ou colaborando, em determinadas ocasiões, a realização mais importante que se nos pede é o esclarecimento temperado de gentileza ou a indicação paciente e clara da verdade ao ânimo do obreiro menos acordado, na edificação espiritual. 7 Noutros instantes, a obrigação mais valiosa que as circunstâncias nos solicitam é o entendimento com uma criança, a conversação fraternal com um doente, a limpeza de um móvel ou a condução de um fardo pequenino.

8 Imprescindível, porém, desempenhar semelhantes incumbências, sem derramar o ácido da queixa e sem azedar o sentimento na aversão sistemática. Irritar-se alguém, no exercício das boas obras é o mesmo que rechear o pão com cinzas.

9 Administrar amparando e obedecer, efetuando o melhor!…  10 Em tudo, compreender que o modo mais eficiente de pedir é trabalhar e que o processo mais justo de recomendar é fazer, mas trabalhar e fazer, sem tristeza e sem revolta, entendendo que benfeitorias e providências são recursos preciosos para nós mesmos. 11 Em todas as empresas do bem, somos complementos naturais uns dos outros. O Universo é sustentado na base da equipe. Uma constelação é família de sóis. Um átomo é agregado de partículas.

12 Nenhum de nós procure destaque injustificável. Na direção ou na subalternidade, baste-nos o privilégio de cumprir o dever que a vida nos assinala, discernindo e elucidando, mas auxiliando e amando sempre. 13 O coração, motor da vida orgânica, trabalha oculto e Deus, que é para nós o Anônimo Divino, palpita em cada ser, sem jamais individualizar-se na luz do bem.


Emmanuel



(Reformador, janeiro de 1964, p. 20)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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