“Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.” — JESUS — Mateus, 7.12.
“Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.” — Cap. XI, 4.
1 Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, ( † ) apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
2 Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.
3 Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
Não sabe quem é.
Ignora-lhe a procedência.
Não se restringe, porém, à emotividade.
Pára e atende.
4 Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.
5 Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.
6 No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.
7 Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
8 No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.
9 Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
10 Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.
Emmanuel