1 O Espírito jamais retrocede na viagem da evolução. ( † )
2 No entanto, muitas vezes, embora não perca na essência os tesouros adquiridos no campo da inteligência, o viajor da imortalidade é compelido à paradas necessárias ao justo refazimento, sempre que moralmente se envolva em compromissos escusos perante a Justiça da Vida.
3 Semelhante imperativo da regeneração, na senda do progresso, determina dificuldades e inibições no plano da forma, em que somos habitualmente internados, para essa ou aquela reparação no Plano Físico.
4 É assim que o malfeitor genial, não obstante trazer consigo o acervo da própria cultura devidamente arquivado, volta ao corpo enfermiço, quase sempre para sanar na idiotia os desequilíbrios com que se fez o empreiteiro da delinquência.
5 E é ainda aí que todos nós, apesar de conservarmos intactos, adentro do cérebro e do coração, os nossos valores íntimos, sem quebra de qualquer dos recursos que possuímos, padecemos, na Terra, a incursão de moléstias difíceis tanto quanto o domínio de circunstâncias constrangedoras a nos asfixiarem as melhores aspirações, pagando, através do vaso físico atormentado, os erros conscientemente cometidos no pretérito próximo ou remoto, perante a Lei de Amor que nos governa os caminhos.
6 Lembremo-nos de que o presidiário, por trás da grade que lhe desfigura o semblante, não perde a riqueza da instrução ou do ideal, da sensibilidade ou da memória, não obstante indicado à sentença que o segrega no resgate preciso.
7 E, sabendo que cada um de nós é o arquiteto do próprio destino, saibamos afeiçoar-nos ao serviço incessante do bem, porque todo bem é degrau de ascensão para o Alto, arrebatando-nos do império da sombra para a bênção da luz.
Emmanuel