Filósofo e professor de Língua e Literatura Grega Língua e Literatura Latina da Universidade de Brasília; autor de grande produção literária e espiritualista entre seus livros destacamos o mundialmente conhecido “Minutos de Sabedoria”, presidente da Escola de Sabedoria de Brasília.
“Foi em 1952, em Pedro Leopoldo, que pela primeira vez encontrei Chico Xavier, um homem que teve influência decisiva em toda minha vida espiritual. Proveniente do clero católico, onde encontrara muitos espíritos de escol, a figura e o espiritualismo desse modesto Chico Xavier sombreou a todos, pois descobri nele uma autenticidade absoluta. Às noites, na cidadezinha de então, passeávamos a conversar sobre os mais variados temas do espírito, as lições hauridas jamais me saíram da memória, quando, por exemplo, descrevia a constituição do universo, pelo qual viajava em espírito, percorrendo diversas galáxias e penetrando os segredos de sua formação e do desenvolvimento do maquinismo perfeito que nos rege.
Suas palavras permanecem gravadas em anotações que, ao chegar ao hotel, eu fazia cuidadosamente, a fim de não olvidar as impressões que ele sentira. Falavam-me à alma seus ensinamentos, profundos e dados com imensa humildade e sem qualquer pretensão de sabedoria. Contou-me particularidades de diversos planos, tanto do astral quanto do mental, aqueles com quem conversava haurindo conhecimentos úteis à vida prática, as lições dos mentores espirituais que encontrara e traçando, para minha vida, um roteiro definido e perfeito de obediência às tarefas que me seriam cometidas. Desde essa época, considero Chico um luminar, cuja luz me guia através de todos os percalços humanos.
Jamais esquecerei sua palavra, quando disse de minha intenção de fazer nova tradução do original grego dos Evangelhos: “Pastorino, antes disso, procure traduzir o Evangelho em sua vida, pois essa tradução será muito mais útil a você e aos outros”. Por essa razão, só dez anos mais tarde, depois de tentar por em prática seu ensinamento, é que me dispus a iniciar o trabalho.
Nenhum outro ser humano teve sobre mim tanta influência quanto Chico Xavier, e faço, de tudo o que dele ouço e leio, uma norma de vida, embora com imperfeições; mas dos primeiros degraus em que me encontro, olho para ele, que já está quase no patamar superior, como um modelo fulgurante, apesar de muito difícil de ser imitado. Eis o que, em cerca de trinta linhas, pude dizer. Mas Chico bem que.merece um livro inteiro, e talvez ainda um dia aconteça essa obra.” (O Popular — Goiânia — 28.8.1977)