1 A fim de conquistar-nos para os objetivos supremos da perfeição, é imperioso nos reconheçamos na estrada do aprimoramento.
2 Por semelhante motivo, é natural:
que o pensamento, vezes e vezes, se nos amargure, ante os desenganos e desapontamentos do mundo;
3 que as emoções se nos desequilibrem, compelindo-nos a grandes obstáculos de conciliação;
4 que a tentação nos visite, a ponto de acenar-nos com as perspectivas de queda em sofrimentos de longo curso;
5 que a incompreensão alheia nos agite, impelindo-nos a desajustes e frustrações;
6 que os conflitos psicológicos se nos acirrem no íntimo, retardando-nos as melhores realizações;
7 que nos admitamos em erro que só a experiência e o tempo nos auxiliarão a corrigir;
8 que inúmeras dificuldades nos dificultem os passos para frente…
9 Mas, diante do socorro que diariamente recebemos, não é natural que desistamos de trabalhar na seara do bem, porque, por piores sejam as circunstâncias, poderemos ouvir a voz da esperança, afirmando-nos que Deus nunca exigiu nos aperfeiçoássemos de um dia para outro, e que, por isso mesmo, Jesus, o Divino Companheiro, nunca nos abandona em caminho.
Meimei
(Anuário Espírita 1982)