1 Reclamas alfinetadas
E choras por ninharia,
Mas não percebes o amparo
Que recebes dia a dia.
2 Enquanto vives no mundo,
Ante o corpo que te encerra,
Não sabes quanto socorro
Que te vem do Céu à Terra.
3 Sais de casa, muitas vezes,
Regressando, indiferente;
Entretanto, desfrutaste
O auxílio de muita gente.
4 Espíritos generosos
Em sustentando-te a paz,
Guardaram-te os aposentos,
Cerraram bicos de gás.
5 Outros muitos te garantem
Encontros, lucros, recados,
Trabalhando na memória
De parentes e agregados.
6 Na doença, ante os remédios,
Que te suprimem a dor,
Colhes o apoio invisível
Dos mensageiros de Amor.
7 Por muitas bênçãos que encontres
Nas pessoas benfazejas,
São muitas mãos de outros Planos
Que te ajudam, sem que as vejas.
8 Nas provas inevitáveis,
Evita a lamentação,
O Céu te auxilia sempre
Sem contas de gratidão.
Casimiro Cunha
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