O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Jesus no lar — Neio Lúcio


Jesus no lar

1 Para a generalidade dos estudiosos, o Cristo permanece tão somente situado na História, modificando o curso dos acontecimentos políticos do mundo; 2 para a maioria dos teólogos, é simples objeto de estudo, nas letras sagradas, imprimindo novo rumo às interpretações da fé; 3 para os filósofos, é o centro de polêmicas infindáveis, 4 e, para a multidão dos crentes inertes, é o benfeitor providencial nas crises inquietantes da vida comum.

5 Todavia, quando o homem percebe a grandeza da Boa-Nova, compreende que o Mestre não é apenas o reformador da civilização, o legislador da crença, o condutor do raciocínio ou o doador de facilidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um.

6 Atingindo esse ápice do entendimento, a criatura ama o templo que lhe orienta o modo de ser; contudo, não se restringe às reuniões convencionais para as manifestações adorativas e, sim, traz o Amigo Celeste ao santuário familiar, onde Jesus, então, passa a controlar as paixões, a corrigir as maneiras e a inspirar as palavras, habilitando o aprendiz a traduzir-lhe os ensinamentos eternos através de ações vivas, com as quais espera o Senhor estender o divino reinado da paz e do amor sobre a Terra.

7 Quando o Evangelho penetra o Lar, o coração abre mais facilmente a porta ao Mestre Divino.


8 Neio Lúcio conhece esta verdade profunda e consagra aos discípulos novos algumas das lições do Senhor no círculo mais íntimo dos apóstolos e seguidores da primeira hora.

9 Hoje, que quase vinte séculos são já decorridos sobre as primícias da Boa-Nova, o domicílio de Simão se transformou no mundo inteiro…

10 Jesus continua falando aos companheiros de todas as latitudes. Que a sua voz incisiva e doce possa gravar no livro de nossa alma a lição renovadora de que carecemos à frente do porvir, convertendo-nos em semeadores ativos de seu infinito amor, é a felicidade maior a que poderemos aspirar.


Emmanuel


Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1949.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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