Diante de tantos nomes, de tantas citações, perguntamos como poderia o médium escrevê-los com rapidez incrível, devorando o papel em letra firme e clara — como qualquer pessoa que já presenciou a psicografia de Chico Xavier pôde observar sem conhecer nada a respeito daquelas famílias presentes, numerosas, cada qual trazendo o seu problema, dramas diversos, situações específicas.
De que modo nomes como Ruberley, Benedito, Ginete, Odete, Maria e suas revelações confirmadas pelos pais e familiares presentes poderiam ser escritos em grafia célere e escorreita por quem nunca os conheceu — nem aos encarnados, nem aos desencarnados?
Assim ponderamos na certeza de que o amigo leitor conseguiu se situar no realismo de nossas descrições, muitas vezes enfáticas e talvez cansativas, mas absolutamente fiéis.
Nas dezenove mensagens deste livro, foram revelados cerca de oitenta nomes, todos confirmados por seus familiares, sendo que em algumas vezes nem os presentes à reunião sabiam identificar os nomes citados, o que somente pôde ser feito posteriormente, como no caso do jovem Aníbal, lembrado em uma das mensagens de Jair Presente.
Numerosos dramas e situações foram relatados pelos jovens autores espirituais, sendo que todos foram também confirmados, com surpreendente riqueza de dados, que chegaram a surpreender o próprio Chico. Apelidos, apocorísticos vedados aos familiares mais chegados, foram citados.
Enfim, os quatro autores não regatearam esforços para evidenciar que estão vivos — muito vivos — no Plano Espiritual, em comovente apelo aos pais queridos, para que divisassem, no alto dos Céus, a presença de uma justiça que jamais poderia permitir a separação definitiva, e em advertência direta aos jovens da Terra para que despertem de ilusões, muitas vezes comprometedoras, diante da certeza de que para todos nós a vida e a morte são etapas naturais, transformações a que estamos sujeitos no longo jornadear entre Plano Espiritual e Terra.
Mostraram-nos, Augusto, Carlos Alberto, Jair e Wady, que aqui como lá a vida é uma só, sendo a morte uma ilusão que criamos para fugir aos imperativos de nossa consciência. Nosso corpo é tão somente um escafandro com que nossos Espíritos mergulham na Terra, em prosseguimento às lutas redentoras que vimos enfrentando ao longo dos séculos, pelas bênçãos da Reencarnação.
A
Augusto Cezar Netto,
Carlos Alberto da Silva Lourenço,
Jair Presente e
Wady Abrahão Filho, —
jovens que aprendemos a estimar no contato de suas páginas maravilhosas, escritas muitas vezes com a pena do médium embebida em lágrimas de saudade,
— o nosso reconhecimento.
Deus os recompense, em nome dos pais que na Terra, através de suas palavras, compreenderam que seus filhos, desencarnados, como vocês, também não morreram!
Caio Ramacciotti