O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Jovens no Além — Familiares diversos


Apresentação

Jovem amigo:
Nosso caro Emmanuel se dirigiu à estimada comunidade de todos os leitores. De nós mesmos, falaremos a você em particular.

Este livro é o depoimento de quatro jovens desencarnados que retornam pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier para dizer que estão vivos.


Todos faleceram recentemente:
Augusto, em fevereiro de 1968;
Wady, em julho de 1973;
Jair, em fevereiro de 1974;
Carlos Alberto, em setembro de 1974.


Como você pode observar, estão há bem pouco tempo no Mundo Espiritual e suas impressões da morte ainda são muito vivas, tão vivas quanto a saudade que os unem aos familiares queridos.

Mas, voltado às preocupações do estudo, aos devaneios e também ao trabalho para o provimento de seus compromissos mais imediatos, você talvez nos pergunte:
— A que vem essa ideia de lhe apresentarmos jovens que já deixaram este Mundo? Já não bastam as nossas próprias lutas na Terra? Não será melhor deixar que os mortos cuidem dos mortos?
— Por que macular o seu natural entusiasmo de jovem, os seus dias muitas vezes despreocupados, com informações de uma outra vida tão distante e impalpável?


A resposta não é difícil.
Ocorre que os jovens que voltaram do Além não estão mortos. Vivem e têm ideias e sugestões a trocar com você da Terra. A saudade dos familiares queridos os fez voltar para o papo informal com os pais, através da mediunidade abençoada de Chico Xavier.
E, além do reencontro dos entes queridos, preocuparam-se eles em transmitir na sua linguagem clara e sem rodeios as suas impressões sobre a morte que na verdade não existe.
Mais do que a transmissão de sensações, de como chegaram ao Lado de Lá, sentimos neles o anseio de dizer a você que as responsabilidades do jovem não podem ser esquecidas, em função de sonhos temporários; que enfrentaram lá no outro lado da vida, a necessidade do trabalho, do estudo e da revisão de muitos conceitos à luz de uma compreensão mais ampla.


Por isso, meu amigo, é que nós o colocamos frente-a-frente com os seus companheiros do Além. Têm eles muito a dizer.

A dor da separação e a ruptura de sonhos tão gostosos lhes forjaram no coração e no cérebro uma têmpera mais firme, de molde a serem as suas palavras amadurecidas pela experiência maior que vêm acumulando, desde que deixaram seus corpos nos túmulos frios dos cemitérios.


Ouça-os e medite!
Pedimos-lhe, jovem amigo, ainda um favor.
Se em seu relacionamento fácil e comunicativo, você souber de pais que amargam na Terra as dores da separação pela morte dos filhos queridos, procure-os para dizer que a morte não existe, que seus filhos estão muito perto deles e, como os jovens autores deste livro, também lhes transmitem as suas mensagens de amor e reencontro, através dos diálogos do pensamento.


Caio Ramacciotti


São Bernardo do Campo, 06 de julho de 1975.


Texto extraído da 5ª edição desse livro.

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