Reunião pública de 22-9-1961.
1ª Parte — Cap. VII, Item 3 — § 5.
1 Em matéria de prêmio e castigo, a se definirem por céu e inferno, suponhamo-nos à frente de um pai amoroso, mas justo, dividindo a sua propriedade entre os filhos, aos quais se associa, abnegado, para que todos eles se prestigiem e cresçam, de maneira a lhe desfrutarem os bens totais.
2 O genitor, compassivo e reto, concede aos filhos, em regime de gratuidade, todos os recursos da fazenda Divina:
3 a vestimenta do corpo;
4 a energia vital;
5 a terra fecunda;
6 o ar nutriente;
7 a defesa do monte;
8 o refúgio do vale;
9 as águas circulantes;
10 as fontes suspensas;
11 a submissão dos vários reinos da natureza;
12 a organização da família;
13 os fundamentos do lar;
14 a proteção das leis;
15 os tesouros da escola;
16 a luz do raciocínio;
17 as riquezas do sentimento;
18 os prodígios da afeição;
19 os valores da experiência;
20 a possibilidade de servir…
21 Os filhos recebem tudo isso, mecanicamente, sem que se lhes reclame esforço algum, e o pai apenas lhes pede para que se aprimorem, pelo dever nobremente cumprido, e se consagrem ao bem de todos, através do trabalho que lhes valorizará o tempo e a vida.
22 Nessa imagem, simples embora, encontramos alguma notícia da magnanimidade do Criador para nós outros, as criaturas.
23 Fácil, assim, perceber que, com tantos favores, concessões e doações, facilidades e vantagens, entremeados de bênçãos, suprimentos, auxílios, empréstimos e moratórias, o Céu começará, sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.
Emmanuel